Direitos Humanos

Travesti nega em CPI comandar rede de tráfico de pessoas para SP

Para deputado, depoimento não foi convincente.

05/07/2013 - 15:15  

Tv Câmara
Dep. Arnaldo Jordy (PPS-PA)
Arnaldo Jordy: ainda há muita coisa a ser apurada.

O travesti paraense Giovane Monteiro Cardoso, conhecido como Hana Maiorana, negou, na quinta-feira (4), que comande um esquema de agenciamento e exploração de rapazes para fins de prostituição no estado de São Paulo. Ele prestou depoimento à CPI do Tráfico de Pessoas, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de SP. "Não há tráfico de pessoas. Nunca mandei buscar ninguém", disse.

Giovane foi preso no mês passado em Jundiaí, sob a acusação de trazer pessoas do Pará e do Amapá para fazerem programas sexuais no Sudeste. À CPI, o depoente afirmou ainda que nunca foi favorável à cobrança do que é conhecido como "pedágio" - percentual dado a um cafetão que agencia garotas e garotos de programa.

Renda
O presidente da comissão, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), questionou o travesti sobre a origem de sua renda. O parlamentar chegou a mencionar o fato de Giovane ser proprietário de três veículos, um deles blindado. Em resposta, o depoente informou que, antes de ser preso, tinha uma renda mensal que variava entre R$ 6 mil e R$ 9 mil e que seus ganhos são acrescidos pela comercialização de roupas e objetos para outros travestis, classificados por ele como “apenas amigas”.

Para Jordy, no entanto, o depoimento do acusado não foi convincente. "Há muita coisa ainda a ser apurada", comentou.

Da Redação/MO
Com informações da CPI do Tráfico de Pessoas

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