Direitos Humanos

Direitos Humanos apura envolvimento da PM de Goiás em desaparecimentos

04/09/2012 - 20:12  

Arquivo/Brizza Cavalcante
Domingos Dutra
Segundo Domingos Dutra (PT-MA), existem atualmente 38 pessoas desparecidas em Goiânia.

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos se reuniram nesta terça-feira (4) com representantes do Ministério Público, da Assembleia Legislativa de Goiás e com o govenador do Estado, Marconi Perillo, para apurar denúncias de ações de grupos de extermínio em Goiânia.

Um dos participantes da reunião, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) afirmou que existem atualmente 38 pessoas desparecidas. Os parentes das vítimas apontam a ação de policiais militares.

Em julho, o tenente-coronel da Polícia Militar de Goiás Wellington Urzêda pediu afastamento do cargo de gestor do Comando de Missões Especiais, por causa de denúncias de envolvimento com as ações de grupos de extermínio formados por policiais militares.

O pedido foi feito antes da divulgação pela imprensa de um e-mail anônimo com denúncias contra a PM. Urzêda disse ainda em sua carta de demissão que quer ser investigado pelo Ministério Público e que pretende abrir mão dos sigilos bancário, telefônico, fiscal e de internet.

Domingos Dutra afirmou que Urzêda é suspeito de estar diretamente envolvido no assassinato do radialista Valério Luz, morto no dia cinco de julho deste ano em frente à Rádio Jornal 820, onde trabalhava em Goiânia.

O deputado explica que, de acordo com as denúncias, policiais faziam “bico” protegendo a diretoria do Atlético Goianiense, enquanto o radialista fazia críticas muito duras à direção do clube de futebol, que atualmente passaria por uma crise. “Os depoimentos das famílias foram muito fortes e nós temos a obrigação de dar sequência, para que possamos devolver a Goiás pelo menos a sensação de segurança", afirmou.

O governador Marconi Perillo se compromissou a apurar as acusações e a afastar os envolvidos.

Reportagem - Karla Alessandra/ Rádio Câmara
Edição - Juliano Pires

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