Direito e Justiça

Polícia Federal faz operação de busca e apreensão em dois gabinetes da Câmara

As diligências integram a sexta fase da Operação Ápia, que investiga suposto esquema de desvio de recursos em Tocantins. Em nota, o deputado Carlos Henrique Gaguim disse que as acusações são infundadas; a deputada Dulce Miranda só vai se manifestar após ter acesso ao inquérito

13/12/2017 - 13:45  

A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (13) operação de busca e apreensão nos gabinetes e nos apartamentos funcionais dos deputados Carlos Henrique Gaguim (Pode-TO) e Dulce Miranda (PMDB-TO). A medida foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.

As diligências integram a sexta fase da Operação Ápia, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos destinados a obras em Tocantins. Toda a ação da Polícia Federal foi acompanhada pela Polícia Legislativa Federal, da Câmara.

Em nota, Carlos Henrique Gaguim informou que foi citado na delação de Rossine Aires, da empresa Vale do Lontra, mas as acusações são infundadas e sem provas. “O meu trabalho sempre foi pautado pela honestidade, legalidade e respeito às pessoas e ao bem público”, disse.

Gaguim afirmou que, no período em que governou Tocantins, entre setembro de 2009 e dezembro de 2010, a Vale do Lontra não venceu licitação no estado. Nas eleições de 2010, as doações de Aires e suas empresas foram direcionadas ao comitê financeiro único ou ao diretório estadual do PMDB, disse o deputado, e não diretamente à campanha em que tentou a reeleição.

A deputada Dulce Miranda – que é casada com o governador de Tocantins, Marcelo Miranda – afirmou que está colaborando com as investigações e que só vai se pronunciar depois de ter acesso ao inquérito.

Reportagem - Ana Raquel Macedo
Edição - Ralph Machado

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