Direito e Justiça

CCJ aprova acordo de cooperação jurídica em processos cíveis e comerciais

Texto, que ainda será analisado pelo Plenário, busca facilitar procedimentos de citação, intimação e notificação de estrangeiros

24/08/2016 - 15:23  

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a adesão do Brasil a um acordo para facilitar a citação de estrangeiros em processos jurídicos. O acordo, celebrado entre vários países, está em vigor desde fevereiro de 1969. 

O Projeto de Decreto Legislativo 187/15, aprovado pelo colegiado, ratifica a participação do Brasil na Convenção relativa à Citação, à Intimação e à Notificação no Estrangeiro de Documentos Judiciais e Extrajudiciais em Matéria Civil e Comercial. A intenção desse documento, assinado em Haia, é simplificar e facilitar procedimentos de citação, intimação e notificação no exterior em processos cíveis e comerciais.

DEP CAPITAO AUGUSTO
Capitão Augusto: novo Código de Processo Civil incorporou temas tratados pela convenção

Ao enviar o texto do acordo ao Congresso, o Ministério das Relações Exteriores destacou que a convenção possui como objetivos fundamentais estimular a cooperação, por meio da implementação de um mecanismo ágil e predeterminado; e garantir o direito de defesa do citado, intimado ou notificado perante a Justiça do Estado de origem. O Executivo ainda assegura que a convenção permite compatibilidade com as leis internas das nações signatárias ou com outros acordos que tenham ratificado.

Celeridade
O relator da proposta, deputado Capitão Augusto (PR-SP), defendeu a aprovação da matéria. Ele destacou o papel da revisão do Código de Processo Civil Brasileiro na adesão do País ao acordo. De acordo com o parlamentar, o novo código (Lei 13.105/16) inovou ao tratar de cooperação internacional e ao incorporar em seus princípios temas já tratados pela convenção, só agora assinada pelo Brasil.

O relator também avaliou que a convenção resulta do esforço internacional para ampliar o alcance e a efetividade de jurisdições nacionais, permitindo que as decisões sejam executadas além das fronteiras do Estado.

“O acordo não busca apenas desburocratizar os trâmites a que estão sujeitos os procedimentos judiciais que extrapolam as fronteiras, mas também conferir celeridade ao cumprimento das decisões”, afirmou Capitão Augusto.

Tramitação
A proposta, que tramita em regime de urgência, ainda será analisada pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Marcelo Oliveira

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