Empresas negam existência de cartéis no setor de gás de cozinha
24/05/2017 - 20:02
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira, negou a existência de cartéis no setor. O tema foi discutido nesta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados, em audiência pública da Comissão de Minas e Energia.
Conforme Bandeira, o segmento de gás de cozinha é “extremamente competitivo”, com a participação de 65 mil revendedores, que atendem a todos os municípios brasileiros
O dirigente apontou que existe diferença de preços entre os botijões de até R$ 7 em uma determinada região, mostrando, segundo ele, que não há formação de cartéis.
Bandeira acrescentou que o consumidor tem liberdade para mudar de distribuidora a cada compra de gás, sem nenhum ônus. “Se você tem um botijão ‘x’ e quer comprar mês que vem um ‘y’, você tem essa possibilidade. E a nova empresa não pode cobrar nada por isso”, disse.
Os cartéis são formados quando as companhias que trabalham em um mesmo setor se unem para cobrar um preço único por seus produtos, o que é proibido pela legislação brasileira.
Segurança do consumidor
A Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Maria Inês Souza, destacou que todas as normas relativas ao segmento de gás têm por objetivo garantir a segurança do consumidor e que as irregularidades são averiguadas e punidas.
Por sua vez, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), que solicitou o debate, ressaltou que um dos papéis da Câmara é justamente acompanhar as denúncias e analisar sua veracidade junto às autoridades responsáveis.
Para ele, o Brasil deveria estimular ainda mais abertura do mercado. “Em boa parte do mundo, você tem a distribuição de gás feita de modo que o consumidor chega no posto de combustível e reabastece o seu botijão sem maiores problemas”, comentou.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Marcelo Oliveira