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Diretor da ONS ressalta que histórico de chuvas nos últimos dois anos foi um dos piores

26/03/2015 - 11:17  

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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, falou há pouco das ações da entidade para garantir o suprimento de energia no País. Ele ressaltou os problemas de falta de chuvas desde 2013. “Estamos atravessando uma hidrologia nos últimos dois anos com um dos piores históricos”, disse.

Chipp participa de audiência da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados para discutir o suprimento de energia no Brasil e seu impacto nas tarifas de energia elétrica. O debate foi solicitado pelo presidente da comissão, deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG).

As chuvas de março foram acima da média em algumas bacias hidrográficas, segundo o diretor-geral do ONS, e há expectativa de chuva em abril igual à média histórica, o que aliviaria a pressão sobre as hidrelétricas brasileiras.

Apesar da melhora nos indicadores de chuva, Chipp defendeu a importação de energia de vizinhos como Argentina e Uruguai. “Temos oportunidade de intercâmbio internacional que não se efetiva. Temos de agilizar o intercâmbio”, afirmou.

Térmicas
Chipp também defendeu a necessidade de uso das usinas térmicas para dar mais segurança e estabilidade ao sistema elétrico nacional. “Temos de perder esse complexo contra a energia térmica. A China coloca 60 mil MW por ano de carvão. Não se pode priorizar somente a energia intermitente. A segurança tem de ser com energia firme, que é a térmica”, disse.

A energia gerada por usinas térmicas a carvão é chamada de energia firme, em contraposição à energia de usinas hidrelétricas, por exemplo, que depende da quantidade anual de chuvas, chamada de energia sazonal.

Segundo Chipp, a tarifa mais cara é reflexo da segurança para manter o sistema elétrico funcionando. “Precisamos ter mais segurança, e não temos segurança com redução de tarifa.”

Sobre as críticas de que as termelétricas estariam operando com capacidade máxima e isso estaria estragando turbinas e outros equipamentos, Chipp afirmou que as usinas brasileiras são fabricadas pelas empresas com atuação no mundo inteiro.

A audiência foi interrompida pelo presidente da comissão por causa de uma votação nominal no Plenário da Câmara, mas já foi retomada para o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, terminar de expor os motivos do aumento de tarifa.

O debate prossegue no plenário 14.

Mais informações a seguir.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi

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