Ciência, tecnologia e Comunicações

Relator alterou regra sobre violação da intimidade na internet

25/03/2014 - 22:33  

Em atendimento a apelo da bancada feminina e de entidades civis organizadas, o relator do marco civil da internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), mudou o artigo sobre a retirada da internet de cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado por violarem a intimidade de pessoa participante que não tenha autorizado sua divulgação.

Com o novo texto, fica mais claro que apenas a notificação do participante ou de seu representante legal será válida para que o provedor retire o material. Na versão anterior, a referência ao “ofendido” poderia dar a interpretação de que qualquer pessoa ofendida com o conteúdo poderia pedir sua retirada.

A notificação deverá permitir a identificação específica do material e a verificação da legitimidade para apresentação do pedido. Se o provedor não retirar o material, será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação não autorizada.

Conteúdo de terceiros
Causas de ressarcimento por danos à honra, à reputação ou a direitos de personalidade ou para a retirada de material ofensivo da internet poderão ser apresentadas em juizados especiais.

A ideia do relator é acelerar o processo, pois a retirada do material depende de ordem judicial.

Controle parental
A pedido de deputados evangélicos e do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), o relator acrescentou novo artigo para permitir que os pais escolham livremente os programas de computador de controle parental do conteúdo considerado por eles impróprio a seus filhos menores, desde que respeitadas as regras do projeto e do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

Caberá ao poder público, aos provedores e à sociedade civil a divulgação de informações sobre o uso desses programas e para boas práticas de inclusão digital desses jovens.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Sua opinião sobre: PL 2126/2011

Íntegra da proposta