Ciência, tecnologia e Comunicações

Comissões avaliam serviço de telefonia celular no Brasil

Anatel e sindicato das telefônicas participam da discussão.

09/04/2013 - 08:22  

A qualidade da telefonia móvel no País será novamente tema de debate na Câmara. Neste momento, as comissões de Fiscalização Financeira e Controle; e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia fazem uma audiência pública para discutir a qualidade do serviço oferecido pelas operadoras e avaliar o cumprimento das determinações da Anatel impostas às telefônicas.

Em julho do ano passado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu a venda de chips de celular das operadoras Tim, Claro e Oi. A suspensão durou 11 dias. A agência liberou as vendas após as empresas terem apresentado plano de melhoria da qualidade do serviço e se comprometido a investir R$ 20 bilhões até 2014.

O deputado Edinho Bez (PMDB-SC) – um dos parlamentares que propôs o debate – lembra que, no ano passado, foi criada uma subcomissão para acompanhar os serviços de telefonia móvel. “Apesar do intenso trabalho desenvolvido pela subcomissão, nada mudou. Pelo contrário, piorou a qualidade dos serviços. Por isso, é preciso insistir para que as empresas exponham o que efetivamente está sendo feito para a solução dos problemas”, reclama o parlamentar.

Reclamações
No primeiro semestre de 2012, a telefonia celular foi o que mais recebeu reclamações em todos os Procons do País. Foram mais de 78 mil queixas, motivadas principalmente pelo tratamento dado aos consumidores nos call centers e pela a cobrança indevida de contas.

A telefonia também foi apontada como o segmento mais problemático para 45% dos entrevistados de uma sondagem feita pelo serviço Disque-Câmara (0800 619 619), que ouviu 1.175 pessoas entre maio e agosto do ano passado. Entre os motivos alegados para queixas estão cobranças abusivas, serviços ineficientes e propaganda enganosa.

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Ouça entrevista com a coordenadora da Pro Teste, Maria Inês Dolci, sobre o assunto.

A oferta deficitária do servico de telefonia é um grande entrave para o desenvolvimento do País, afirma o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que também propôs o debate. Ele lembra que os grandes eventos esportivos estão chegando e destaca que, até hoje, não está disponível o serviço 4G, que vai servir, principalmente, para dar mais velocidade de acesso à internet por meio de celulares e tablets.

CPI
No mês passado, o deputado César Halum (PSD-TO) pediu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o valor arrecadado com as tarifas de telefonia móvel no Brasil e os investimentos já feitos para a melhoria do sistema.

Debatedores
Foram convidados para participar do debate:
- o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone;
- o secretário de Fiscalização de Desestatização e Regulação de Energia e Comunicações (SefidEnergia), Marcelo Barros da Cunha;
- o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy Cardoso Moreira – que representará as empresas Claro, Oi, Tim, Vivo, GVT, Telemar e NET.

A audiência ocorre no Plenário 9.

Da Redação/ND

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