Ciência, tecnologia e Comunicações

Deputado destaca capacidade do rádio de se adaptar a mudanças

19/06/2012 - 15:52  

Beto Oliveira
Homenagem aos 90 anos do Rádio no Brasil e aos 50 anos da Associação Brasileira de  Emissoras de rádio e televisão ABERT - Dep. Eduardo Gomes (PSDB-TO)
Eduardo Gomes defendeu a retomada das discussões em torno de um novo marco legal para a radiodifusão.

Os 90 anos do rádio no Brasil e os 50 anos da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) foram comemorados nesta terça-feira, em sessão solene. O primeiro-secretário da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), que propôs a solenidade, destacou a capacidade do rádio de se adaptar às constantes mudanças tecnológicas. “Já ouvi pelo menos umas dez sentenças de morte da rádio”, disse. “Mas tenho certeza que essa jovem de 90 anos chegará aos 200 anos muito facilmente”, completou.

O deputado citou o exemplo de previsões que apontavam para o fim da rádio com a chegada da internet. “Aí fico sabendo de um cidadão do município de Novo Acordo, no Tocantins, que foi prestar serviço em Tóquio e lá encontrou um jeito de usar a internet para ficar sintonizado com a rádio de sua cidade”, relatou.

Marco legal
Eduardo Gomes, que presidiu a sessão solene, defendeu a retomada das discussões em torno de um novo marco legal para a radiodifusão no País. “Não adianta reduzir a capacidade de divulgação das comunitárias e educativas, que prestam um serviço único, assim como também não podemos potencializar essas rádios sem analisar os prejuízos causados a outras emissoras que, de forma legal, adquiriram concessão para operar”, observou.

Radialista, o deputado Marçal Filho (PMDB-MS) também sustentou que a rádio comunitária não pode concorrer com as comerciais. Outros deputados defenderam ainda o debate do projeto que torna menos rígido o horário de transmissão da Voz do Brasil. Hoje o programa vai ao ar às 19h.

Abert
O líder da Minoria, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), destacou o papel da Abert na luta pela liberdade de imprensa, seja denunciando crimes praticados contra jornalistas ou protestando contra todas as formas de censura que restrinjam a livre manifestação política, ideológica e artística.

“A Abert tem feito sistemáticas denúncias de crimes, assassinatos, ameaças e censuras cometidas contra a liberdade de expressão.” Segundo ele, o livre acesso à informação é um direito já consagrado, mas precisa de constante fiscalização.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Maria Clarice Dias

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