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Comissão fiscaliza implantação de laboratório de luz síncrotron em Campinas

04/07/2016 - 15:32  

Integrantes da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), os deputados Leo de Brito (PT-AC) e Sibá Machado (PT-AC) visitam na quinta-feira (7) o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS) do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), que fica na região do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (SP). O objetivo é conhecer as obras do Laboratório Sirius.

Aceleradores de elétrons
Sirius é o nome da nova fonte brasileira de luz síncrotron, que substituirá a fonte atual do LNLS. O projeto e a construção dos principais equipamentos são nacionais e financiados pelo governo federal. A luz síncrotron é produzida em aceleradores de elétrons de alta energia quando essas partículas são submetidas a desvios de trajetória sob a influência de campos magnéticos. Nos últimos 15 anos, o uso de luz síncrotron em pesquisas científicas e tecnológicas registrou um enorme avanço, inclusive no Brasil. Globalmente, tem-se observado um significativo aumento no número de usuários, incluindo empresas que passaram a fazer uso dessas instalações para estudos de fármacos, energia (catalisadores, baterias, células de combustível etc.), microeletrônica, petroquímica, metalurgia, cosméticos, alimentos e materiais (polímeros, cimentos e vidros, entre outros).

Recursos do PAC
Segundo Sibá Machado, autor do requerimento para a realização da audiência, o projeto do Laboratório Sirius prevê um acelerador de partículas do tipo sincrotron de última geração, sendo o mais sofisticado empreendimento tecnológico já concebido no Brasil, com investimento de R$ 1,7 bilhão. O projeto, inscrito no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), deverá entrar na fase de testes em 2018. Fontes de Luz Síncrotron são equipamentos de grande porte que produzem feixes de radiação eletromagnética de alta intensidade, usados para analisar as características microscópicas dos materiais, emitindo luz visível, infravermelho, ultravioleta e raios X.

A nova fonte de luz síncrotron brasileira terá capacidade para atender mais de 40 experimentos simultaneamente, praticamente o triplo da fonte atual. Além disso, ampliará a gama de aplicações ao estender o espectro de radiação para raios-X mais energéticos com brilho várias ordens de grandezas superior. “A nova fonte de luz síncrotron abrirá novas oportunidades de pesquisa e desenvolvimento para o país, que contribuirá para consolidar a trajetória do Brasil na direção de tornar-se uma das maiores economias do mundo”, afirma Sibá Machado.

Da Redação - AP

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