Ciência, tecnologia e Comunicações

Frente parlamentar é lançada para defender indústria aeronáutica

24/06/2015 - 12:11  

Luis Macedo / Câmara dos Deputado
Lançamento da Frente. Dep. José Stédile (PSB-RS)
Jose Stédile: “Precisamos enfrentar os problemas da tributação, da desoneração da folha, da falta de investimento do governo na área tecnológica."

Foi lançada nesta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica e Espacial, com o objetivo de defender os interesses das empresas sediadas no Brasil. Composta por 252 deputados, a frente terá como presidente o deputado Jose Stédile (PSB-RS) e discutirá assuntos como tecnologia e investimentos no setor.

Durante o lançamento, deputados e representantes do governo e da indústria ressaltaram a importância de um setor considerado estratégico para a soberania de um país, mas prejudicado pela falta de investimentos em pesquisa e tecnologia e em formação de profissionais. “Precisamos enfrentar os problemas da tributação, da desoneração da folha, da falta de investimento do governo na área tecnológica”, resumiu Stédile.

Presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab), Walter Bartels acrescentou que é preciso melhorar a competitividade do Brasil. “A atividade espacial é muito controlada pelo mundo afora. Ou você tem o seu produto ou você vai comprar dos outros sem saber em que ele pode estar sendo controlado pelo país que o fabricou”, disse.

Bartels defendeu a isenção de impostos para a produção no Brasil e ainda uma regulamentação para o programa de aviação regional, do governo federal, criado para atender cidades isoladas, como as da Amazônia.

Na avaliação da secretária-executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia, Emília Curi, a indústria aeroespacial brasileira tem chance de se renovar, inclusive com a aprovação de propostas em análise na Câmara dos Deputados.

Entre os projetos, Curi destacou o do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PL 2177/11), que prevê desde isenção fiscal até flexibilização das regras de licitação como forma de impulsionar a pesquisa no País. O projeto está pronto para entrar na pauta do Plenário.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição - Daniella Cronemberger

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