Cidades e transportes

Consórcio de municípios e inclusão de catadores são soluções viáveis

13/08/2013 - 14:11  

Uma das possibilidades discutidas para o cumprimento da lei durante o seminário promovido pelas frentes parlamentares de Infraestrutura e Ambientalista foi a formação de consórcio de municípios. Um dos exemplos foi a formação do Consórcio de Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais do DF/GO (Corsap), do qual fazem parte os municípios do Distrito Federal e mais 20 municípios de Goiás.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana do DF, Arquicelso Bites, o grande desafio do consórcio é acabar com o chamado “Lixão da Estrutural” no prazo previsto na lei. Segundo ele, a ideia do consórcio é incluir as famílias que hoje vivem do lixão, melhorando sua condição de vida.

O catador Carlos Henrique Nicolau, da Rede Cata Sampa (SP), reivindicou justamente que os catadores sejam incluídos nos planos municipais de gestão do lixo, conforme determina a lei.

Experiência bem sucedida
O gestor de resíduos de Itaúna (MG), Sérgio Cunha, informou que o município conseguiu implementar a coleta seletiva e instalar aterro sanitário para resíduos molhado e aterro controlado para o lixo seco, no lugar de lixões. O município tem contrato com a cooperativa local de catadores de lixo. “Temos a comprovação de que, havendo investimento nos catadores, conseguimos fazer com que os resíduos sejam diminuídos e reaproveitar muito do que as famílias jogam fora”, salientou. “Temos também a participação em massa da população”, complementou.

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do ministério, Ney Maranhão, destacou que a lei exige uma mudança de atitude, de governos, de empresas e do cidadão. “A reponsabilidade compartilhada tem que ser internalizada na vida de cada um. O sucesso da política envolve a reeducação ambiental da população. Isso deve levar alguns anos”, observou.

Reportagem - Lara Haje
Edição - Patricia Roedel

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