Cidades e transportes

Comissão rejeita carta geotécnica obrigatória para prevenir catástrofes

05/07/2012 - 16:10  

Arquivo/Brizza Cavalcante
Raul Lima
Raul Lima explica que a medida já foi aprovada e transformada em lei neste ano.

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional rejeitou na quarta-feira (04) a proposta de que a elaboração do plano diretor seja orientada por carta geotécnica, baseada em critérios de segurança geológica, com o objetivo de evitar a ocupação urbana de áreas de risco.

De acordo com a proposta (Projeto de Lei 2440/11), do Senado, os municípios cujos planos diretores já tenham sido elaborados sem a orientação da carta geotécnica terão o prazo máximo de dois anos para adaptarem seus projetos. O texto altera o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01).

O relator, deputado Raul Lima (PSD-RR), recomendou a rejeição do PL 2440 e do 2441/11, que tramita em conjunto. Ele explicou que, neste ano, a Câmara aprovou a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608/12), que já determina o mapeamento de áreas de risco de acordo com as cartas geotécnicas.

Lima argumentou ainda que o Regimento Interno da Câmara considera prejudicadas as propostas que tratem de medida que tenha sido aprovada e transformada em lei no mesmo ano. “É o caso das proposições aqui analisadas”, apontou.

A carta geotécnica é um documento cartográfico com informações sobre as diversas características geológicas e geomorfológicas de um determinado município. O objetivo do documento é facilitar a criação de regras e normas para a ocupação urbana, ao definir critérios de ocupação das áreas ocupáveis e indicar as áreas que não devem ser ocupadas por apresentarem riscos geológicos.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Oscar Telles
Edição – Daniella Cronemberger

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