Trabalho, Previdência e Assistência

Frente cobra aperfeiçoamento do programa de aquisição de alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social

10/04/2018 - 22:39  

A Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, em parceria com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), entregou carta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com recomendações para aprimoramento do Programa de Aquisição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social (PAA). 

Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Reunião
Reunião da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional

O programa realiza compras de alimentos principalmente de assentamentos e da agricultura familiar, que depois são doados a instituições assistenciais de todo o país.

O coordenador da frente, deputado Padre João (PT-MG) destacou a importância do programa. "Empodera os agricultores familiares, as comunidades tradicionais indígenas, quilombolas, dá prioridade às mulheres e garante renda e autonomia".

Cortes
O programa sofreu um grande corte de recursos nos últimos anos e uma emenda parlamentar que destinava mais de R$ 200 milhões ao PAA foi realocada para outras destinações.

A presidente do Consea, Elisabetta Recine, defendeu a manutenção do programa e a recuperação de seu orçamento para garantir a qualidade de vida da população brasileira. "É um programa estratégico que faz a relação do agricultor familiar com o mercado institucional ou com as famílias diretamente. Isso, além de aumentar a disponibilidade de alimentos saudáveis também gera um processo de capacitação da agricultura familiar para produzir mais alimentos", justificou.

Emendas
Segundo a secretária adjunta de Segurança Alimentar do Ministério de Desenvolvimento Social, Lilian Rahal, apesar da redução dos recursos dos últimos anos, já estão sendo feitos esforços para tentar recuperar os recursos das emendas parlamentares. Ela informou ainda que falta uma aliança mais efetiva entre os produtores e as instituições que são beneficiadas com doações.

"Temos tido dificuldade de construir alianças com quem recebe esse alimento. Muitas vezes porque são entidades assistenciais de municípios pequenos, entidades pobres ou com pouca agregação”, explicou. Lilian Rahal acrescentou a ampliação das compras para a alimentação escolar, por exemplo, também adquire a produção da agricultura familiar.

Reportagem - Mônica Thaty
Edição - Geórgia Moraes

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