Agropecuária

Produção agrícola indígena é tema de debate na Comissão de Agricultura

18/10/2017 - 08:00  

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento Desenvolvimento Rural discute nesta manhã a produção agrícola indígena. Os deputados Nilson Leitão (PSDB-MT) e Valdir Colatto (PMDB-SC), que pediram a realização do debate, afirmam que a troca de conhecimentos entre indígenas e técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem contribuído para fortalecer a agricultura desses povos no Amapá e no Acre.

O objetivo dessa parceria é garantir segurança alimentar e melhorar o aproveitamento de recursos naturais nas aldeias, com ações simples que respeitem os hábitos tradicionais.

Anna Izabel Nunes
Agropecuária - Plantações - Plantação de mandioca
Mandioca é uma das culturas acompanhadas pela Embrapa no Acre

“Para resguardar a singularidade das etnias e padrões socioculturais dos indígenas, cada atividade foi planejada de acordo com sugestões dos índios”, explicam os deputados no requerimento em que pediram a realização do debate.

No Oiapoque (AP), por exemplo, a Embrapa Amapá desenvolve ações de intercâmbio de conhecimentos em manejo sustentável de açaí e outras frutíferas. A adoção de técnicas de manejo de mínimo impacto de açaizais de grotas em terras indígenas aumenta em até 100% a produtividade e amplia o período de coleta de três para até sete meses.

Já no Acre, há cinco anos pesquisadores e técnicos da Embrapa compartilham conhecimentos com os índios da tribo Kaxinawá de Nova Olinda, que fica no município de Feijó. Nessa tribo, predomina o cultivo da banana, mandioca e amendoim.

A Embrapa foi uma das convidadas para participar da audiência. Além dela, foram convidados representantes dos seguintes órgãos:
- Ministério da Agricultura;
- Ministério da Justiça e Segurança Pública;
- Fundação Nacional do Índio (Funai);
- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e
- Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Confira a lista completa dos convidados.

A audiência será realizada no plenário 6, a partir das 9h30, e poderá ser acompanhada ao vivo pelo WebCamara.

Da Redação - ND

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