Agropecuária

Fábio Ramalho defende menos burocracia na comercialização de queijos artesanais

20/09/2017 - 19:59  

O presidente da Câmara em exercício, deputado Fábio Ramalho, recebeu nesta quarta-feira (20) produtores de queijos artesanais de Minas Gerais e defendeu maior proteção ao setor e menos burocracia para a comercialização dos produtos.

No gabinete da Presidência da Casa, produtores e parlamentares reuniram-se com Ramalho para pedir mudanças na legislação. Foram servidos queijos e linguiças artesanais, além de doces típicos mineiros aos presentes.

O deputado afirmou que o ato promovido por ele em defesa dos produtores era também um repúdio ao recolhimento e descarte de cerca de 160 kg de queijos e linguiças artesanais do estande da chef Roberta Sudbrack, no Rock in Rio. A vigilância sanitária do Rio de Janeiro alegou que faltava o registro para a comercialização dentro do município, chamado de Serviço de Inspeção Federal.

Fábio Ramalho defende que o presidente Michel Temer encaminhe uma medida provisória ao Congresso para resolver os problemas da legislação. “Queremos solucionar o problema do queijo, porque o produto já é inspecionado pela unidade sanitária de Minas Gerais, e, se há uma unidade sanitária em um estado que fiscaliza, ela tem que ser respeitada", afirmou

Validade nacional 
O secretário de Agricultura do Estado de Minas Gerais, Pedro Leitão, quer que a legislação autorize a validade do serviço de inspeção estadual para todo o País. “Isso vai permitir que o queijo inspecionado em Minas seja vendido e ultrapasse as fronteiras do estado”, explicou.

O presidente da associação dos produtores de queijo, Reinaldo Antônio de Lima, também defendeu mudanças na legislação para que o setor tenha liberdade de comércio. 

Segundo ele, o queijo de Minas, reconhecido mundialmente por sua qualidade,,foi barrado esta semana na Itália por falta de nota fiscal. “Ou seja, tanta burocracia amarrando nosso produto porque não conseguimos tirar uma nota”, reclamou.

A comerciante Rosana Tarcittano afirmou que o episódio no Rock in Rio teve um lado positivo porque deu notoriedade às demandas dos produtores. “Essa truculência de jogar um alimento fora, por uma questão de um selo, com tanta gente passando fome, é um absurdo. Queremos menos burocracia”, disse. 

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Rosalva Nunes

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