Agropecuária

Parlamentares discutem tecnologia para o campo com a Embrapa

Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária apresentou na terça-feira aos integrantes do Centro de Estudos e Debates Estratégicos ações e propostas da instituição para garantir o desenvolvimento do setor.

11/04/2013 - 15:15  

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Centro de Estudos Estrégicos 2
Lopes, da Embrapa (d) listou teconologias disponibilizadas que não chegam aos produtores.

O acesso à tecnologia pode ser solução para seca no Nordeste, na avaliação do presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. A afirmação foi feita na terça-feira (9), na reunião do Centro de Estudos e Debates Estratégicos, quando apresentou o programa “Agropensa: inteligência estratégica para a Agropecuária Brasileira”.

Maurício Lopes listou mais de uma dezena de novas tecnologias disponibilizadas pela empresa que não chegam aos agricultores por falta de extensionistas. Segundo ele, este é um dos grandes gargalos na transferência de conhecimentos gerados pelos centros de pesquisa. Na avaliação de Lopes, o problema que se agrava com o passar dos anos, desde a extinção da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater), na década de 90.

A exposição feita pelo presidente da Embrapa aos integrantes do colegiado teve por foco o planejamento estratégico desenvolvido pela empresa em sua gestão. Maurício Lopes apontou cinco temáticas centrais que deverão nortear a visão de futuro da instituição: energia, água, alimentos, ambiente e pobreza.

Produção de alimentos
Segundo o presidente da Embrapa, diante das estimativas de crescimento da população mundial, espera-se que o Brasil amplie sua capacidade de produção de alimentos. Porém, esse crescimento deverá encontrar dificuldades como a pressão pela diminuição das emissões de gases causadores do efeito estufa, dado que a agropecuária emerge como grande emissora. A energia pode ser outro ponto de fragilidade, na avaliação de Lopes, já que a atividade agrícola depende cada vez mais de sua disponibilidade.

Uma linha de atuação para esse problema, explicou, deverá ser a diminuição do desperdício, que hoje é de mais de um terço dos alimentos, representando uma perda de energia da ordem de 38%, apenas no setor agroalimentar.

Outra temática apresentada por Maurício Lopes e para a qual a Embrapa deverá buscar respostas rápidas refere-se à segurança nutricional. Segundo ele, se por um lado existe a tendência à diminuição da desnutrição, por outro há um forte crescimento da obesidade. Nesse sentido, afirmou, o setor agroalimentar deverá buscar soluções que visem à produção de alimentos funcionais, voltados para a melhoria de suas qualidades nutricionais.

Aspecto relevante também apontado pelo palestrante diz respeito à tendência de crescimento do processo de urbanização. O presidente da Embrapa sugeriu a ampliação da mecanização e do uso de tecnologias que diminuam a penosidade do trabalho, motivando, assim, a permanência de jovens no campo.

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Centro de Estudos Estrégicos 1
Centro de Estudos é composto por onze deputados e presidido por Inocêncio Oliveira.

Centro
O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara foi criado neste ano em substituição ao Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica

O objetivo do centro é promover estudos sobre impacto, riscos e benefícios de planos, programas, projetos, políticas ou ações governamentais quanto aos aspectos tecnológico, ambiental, econômico, social, político, jurídico e estratégico. Ele é presidido pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) e integrado por mais 11 deputados.

Da Redação/RL
Com informações do Centro de Estudos e Debates Estratégicos

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