Possibilidade de reajuste para policiais do DF gera divergência entre deputados
Emenda que permite a concessão de aumento salarial a carreiras da segurança pública do Distrito Federal foi incluída em projeto aprovado hoje pelo Congresso Nacional
03/07/2019 - 21:07
Durante a sessão do Congresso desta quarta-feira (3), a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), defendeu a aprovação do projeto (PLN 2/19) que possibilita o pagamento de bônus a peritos médicos do INSS, a fim de combater fraudes previdenciárias. “Se há recurso retirado do bolso do cidadão, queremos que ele volte para os cofres públicos na forma de prestação de serviços públicos”, disse.
Vice-líder do Novo, o deputado Tiago Mitraud (MG) concordou com o pagamento do bônus, mas criticou emenda ao texto que permite aumento salarial das forças de segurança do Distrito Federal (DF). “O País está gastando mais do que arrecada. Não é momento de aumentar salário, o Brasil precisa enxugar seus gastos”, afirmou.
Já de acordo com a deputada Bia Kicis (PSL-DF), é essencial valorizar as carreiras de bombeiros e policiais civis e militares do DF. “Esses profissionais estão há uma década sem recomposição salarial.”
Por outro lado, o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), argumentou que é inaceitável estimular a não concessão de aposentadorias. “Querem incentivar o perito do INSS a barrar aposentadorias de doentes, idosos. É mais uma perversidade do governo Bolsonaro”, criticou.
Como ficou o projeto
Aprovado hoje pelo Congresso, o PLN 2/19 cancela recursos da ordem de R$ 223,8 milhões da contratação de professores em cargo efetivo para financiar o pagamento do bônus de peritos médicos do INSS.
O texto, aprovado na forma de substitutivo do deputado Filipe Barros, autoriza o governo federal a conceder reajuste salarial, no valor global de R$ 96,65 milhões, às polícias civil e militar e aos bombeiros do Distrito Federal. Essas carreiras são mantidas por recursos da União repassados ao governo distrital por meio do Fundo Constitucional do DF.
A matéria seguirá para sanção presidencial.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira