Política e Administração Pública

Novo regime fiscal é a pedra fundamental para outras reformas, diz presidente do Ipea

12/09/2016 - 16:12  

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O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ernesto Lozardo, afirmou há pouco que a proposta de emenda à Constituição que prevê o chamado “Novo Regime Fiscal” (PEC 241/16) é a “pedra fundamental” para outras reformas.

“Estou muito confiante que, se acertarmos a PEC, as demais reformas virão e o Brasil sai dessa com muitas vantagens.” A PEC indexa o crescimento dos gastos públicos à inflação por 20 anos.

Para Lozardo, o Brasil cometeu erros macroeconômicos nos últimos anos ao estimular o consumo de maneira muito rápida como modelo de crescimento.

“Esse mecanismo de inflação crescendo e juros candente estimulou o consumo. A consequência foi imediata”, disse. Segundo ele, o resultado da política foi o endividamento das famílias que chegou a quase 45% da renda familiar, quando em 2006 era 20%.

O maior impacto da crise foi sentido, de acordo com Lozardo, entre os jovens de 15 a 24 anos, onde está quase 50% do desemprego do País.

Sem congelamento
Lozardo falou que a proposta não prevê congelamento de preços, mas um teto flexível de gastos a partir da inflação. Para ele, a medida ajudará o Congresso a avaliar melhor os gastos públicos.

“A PEC põe um elemento muito interessante na economia, que é a prioridade e a eficiência do gasto. O Ipea está muito preparado em ajudar nisso, na eficiência do gasto.”

O debate foi proposto pelos deputados Erika Kokay (PT-DF), Danilo Forte (PSB-CE) e Gilberto Nascimento (PSC-SP).

A reunião ocorre no plenário 10.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo

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