Política e Administração Pública

Começa reunião da CPI do Carf para ouvir ex-presidente e ex-conselheiros suspeitos de irregularidades

24/05/2016 - 10:03  

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Começou há pouco a reunião da CPI do Carf convocada para a oitiva de quatro acusados de envolvimento em corrupção em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda encarregado de decidir sobre recursos de empresas autuadas pela Receita Federal.

Os depoentes convocados são Edison Pereira Rodrigues, que é ex-presidente do Carf; a filha dele, Meigan Sack Rodrigues; o advogado Tharyk Jaccoud Paixão; e o ex-conselheiro do Carf Guilherme Pollastri Gomes da Silva.

Edison e Meigan estão amparados por um habeas corpus que dá a eles o direito de não responder as perguntas dos deputados.

Pai e filha foram denunciados pelo Ministério Público por suspeita de tentar interferir em julgamento da empresa Laser Tech Comércio e Importação de Eletrônicos. De acordo com a denúncia, Edison e Meigan teriam usado os serviços do advogado Paixão para cooptar o então conselheiro do Carf Guilherme Pollastri Gomes da Silva.

O grupo teria oferecido entre R$ 30 mil e R$ 50 mil para que Pollastri pedisse vista do processo.

A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a indisponibilidade de R$ 282 milhões em bens da empresa.

No ano passado, a CPI do Carf que funcionou no Senado pediu o indiciamento de Edison, Meigan e Pollastri. Em depoimento à comissão, Edison se recusou a responder as perguntas dos senadores e Meigan negou envolvimento em esquema de corrupção.

Requerimentos
Além dos depoimentos dos convocados, está prevista na pauta de hoje da CPI do Carf a votação de requerimentos de informações e novas convocações. Entre as pessoas que podem ser convocadas estão os empresários André Gerdau, da Siderúrgica Gerdau, e Walter Faria, da Cervejaria Petrópolis.

Segundo investigações da Operação Zelotes, da Polícia Federal, as duas empresas usaram esquema de lobistas e advogados para cooptação de conselheiros do Carf.

A Polícia Federal e o Ministério Público suspeitam que o esquema no Carf causou prejuízos de quase R$ 20 bilhões aos cofres públicos. 

A reunião ocorre no plenário 7.

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Reportagem - Antonio Vital
Edição - Marcia Becker

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