Política e Administração Pública

CPI dispensa publicitário após ele se negar a falar pela segunda vez

02/09/2015 - 10:48  

O publicitário Ricardo Hoffmann, o primeiro depoente do dia na sessão da CPI da Petrobras em Curitiba (PR), foi dispensado depois de se recusar a responder a todas as perguntas dos deputados. É a segunda vez que Hoffmann é convocado a depor, e a segunda vez que fica calado, usando o direito constitucional de não se auto-incriminar.

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O silêncio irritou os deputados, que questionaram a convocação de Hoffmann. “Temos que chamar só quem está disposto a falar”, disse o deputado Ivan Valente (Psol-SP).

O mesmo disseram os deputados Delegado Waldir (PSDB-GO) e Aluisio Mendes (PSDC-MA). “Essa convocação é inútil. Ele já veio aqui e não falou nada. Temos que ter mais cuidado com essas convocações”, disse Waldir.

O presidente da CPI defendeu a convocação de Hoffmann e os trabalhos da comissão, mesmo com a quantidade de pessoas que se recusam a falar em Curitiba. “Nossa obrigação é convocar os depoentes e ouvi-los. A CPI vive dessa persistência. A CPI não vir a Curitiba, não convocar, aí sim  deixa de cumprir o seu papel. Não podemos combinar com os russos, temos que ir a campo jogar”, disse, se referindo à frase de Garrincha, que perguntou ao técnico Feola, em 1958, se havia combinado com os russos depois de ouvir as orientações do técnico.

Neste momento, a CPI tenta ouvir o depoimento do empresário Antônio Guimarães Hourneaux de Moura. Ele também disse que vai permanecer em silêncio.

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Reportagem – Antonio Vital
Edição – Daniella Cronemberger

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