Política e Administração Pública

CPI da Petrobras tenta ouvir mais dois depoimentos e fazer uma acareação em Curitiba

02/09/2015 - 09:30  

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras pretende ouvir hoje duas pessoas e fazer uma acareação em Curitiba (PR). Os depoimentos, que serão iniciados daqui a pouco, ocorrerão na sede da Justiça Federal do Paraná, já que os convocados estão presos pela Operação Lava Jato.

Devem ser ouvidos o publicitário Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da agência Borghi/Lowe, e o empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura.

Hoffmann é acusado de intermediar contratos fraudulentos de publicidade com o Ministério da Saúde, com a ajuda do ex-deputado federal André Vargas. Moura, por sua vez, é apontado pela Polícia Federal como representante do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na Petrobras. Ele foi acusado por Milton Pascowitch de ter recebido R$ 5,3 milhões em propina de contrato de obras da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cacimbas, em Linhares (ES).

Ainda hoje, a CPI pretende fazer uma acareação entre o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Mendonça Neto, presidente da Setal Engenharia, disse ao Ministério Público que pagou entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em propina a Renato Duque entre 2008 e 2011. Ele disse que parte da propina foi paga na forma de doações oficiais ao PT. Duque e Vaccari negam.

Os deputados da CPI estão na capital paranaense desde segunda-feira (31) para interrogar presos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. No entanto, protegidos por habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal, os depoentes têm se recusado a falar sobre qualquer coisa que possa incriminá-los. Entre eles, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

Reportagem – Antonio Vital
Edição – Marcos Rossi

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