Política e Administração Pública

Operações do BNDES com Friboi não têm motivação eleitoral, diz presidente do banco

27/08/2015 - 12:32  

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O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou há pouco que o banco não fez operações com o frigorífico JBS-Friboi nos últimos dois anos e não há nenhuma relação entre os desembolsos para a empresa com as doações de campanhas eleitorais feitas pelo grupo econômico.

A JBS foi o maior financiador privado das eleições de 2014, com R$ 368 milhões distribuídos a diversos candidatos. Já o BNDES possui 24% de participação no capital da empresa.

A informação foi dada por Coutinho em resposta ao deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), durante depoimento na CPI do BNDES.

Ele ressaltou que o último balanço mostra que o frigorífico possui uma dívida oriunda de crédito pequena, “abaixo de R$ 40 milhões”. A JBS é a maior exportadora de carne bovina do mundo.

Sete Brasil
Luciano Coutinho disse também que o BNDES não chegou a fechar contrato para financiar a compra de sondas pela empresa Sete Brasil. A empresa foi criada em 2010 com o propósito de gerenciar os contratos de construção e operação das sondas de exploração do pré-sal para a Petrobras.

Um ex-presidente da empresa admitiu ter recebido propina de estaleiros que trabalharam com a companhia. Além disso, um dos ex-diretores da empresa é Pedro Barusco, delator na operação que investiga corrupção na Petrobras (Lava Jato).

Segundo Coutinho, o empréstimo solicitado pela Sete Brasil foi aprovado pelo banco, mas a empresa “não conseguiu reunir as condições de documentação [seguradoras e estaleiros] de forma a assinar o contrato”. “O contrato, embora aprovado, não foi assinado”, disse Coutinho em resposta ao deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO).

A reunião ocorre no plenário 11.

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Reportagem - Janary Júnior
Edição - Daniella Cronemberger

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