Política e Administração Pública

Ideli dá como certa aprovação de orçamento impositivo, mas negocia mudanças

13/08/2013 - 17:39  

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deu como certa a aprovação, nesta terça-feira (13), da PEC do Orçamento Impositivo (565/06), que obriga a execução das emendas parlamentares. “A aprovação deverá ocorrer”, disse a ministra. Ela disse, no entanto, que o texto a ser votado hoje à noite poderá sofrer modificações.

Mais cedo, os líderes já decidiram mudar a proposta para obrigar que 30% das emendas sejam destinadas à saúde. A ministra defende que o percentual seja maior. “Se for impositivo, que pelo menos a maior parte dessa imposição seja aplicada no que o povo mais reivindica: a saúde. Se 30% é suficiente, os parlamentares que terão de fazer essa avaliação”, disse.

Royalties
Ideli está na Câmara, onde se reúne com bancadas de partidos da base aliada. Além de tratar do orçamento impositivo, a ministra conversa com os parlamentares sobre o projeto dos royalties (PL 323/07), que pode ser votado amanhã. Ideli defende a aplicação, em educação e saúde, apenas dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal, como prevê o projeto aprovado pelo Senado. O relator na Câmara, deputado André Figueiredo (PDT-CE), defende o seu texto, que aplica 50% do total do fundo na educação e na saúde, na forma do regulamento.

Ideli ressaltou que o Fundo Social deve ser preservado. “O que a presidente Dilma Rousseff não quer é que se mexa no capital do Fundo Social, para a gente não perder essa poupança para as próximas gerações e também por conta do papel que ele tem de estabilidade econômica, de combater doenças econômicas que a exploração massiva do petróleo pode trazer”, disse a ministra.

O governo também é contra o dispositivo do texto de Figueiredo que fixa em, no mínimo, 60% o percentual de óleo excedente da União previsto nos contratos de partilha, ou seja, de exploração do pré-sal. A ministra disse que esse ponto pode comprometer a licitação do campo de Libra, cujo edital fixa em 40% o excedente da União.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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