Política e Administração Pública

Político condenado pela Ficha Limpa pode ficar inelegível mesmo que seja indultado

13/11/2017 - 08:10  

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre PL 1938/15 que institui a “Semana Nacional de Luta e Conscientização sobre a Depressão”. Dep. Flavinho (PSB - SP)
Flavinho: "O objetivo é evitar que condenados por crimes contra a administração pública possam voltar para ela e cometer os mesmos ilícitos"

Políticos condenados com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) serão considerados inelegíveis mesmo que agraciados com indulto, graça ou anistia. É o que determina o Projeto de Lei Complementar (PLP) 347/17, do deputado Flavinho (PSB-SP), em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta muda a Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar 64/90).

A norma já prevê a inelegibilidade de políticos condenados por crimes de várias naturezas, como corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Esse impedimento foi incluído pela Lei da Ficha Limpa.

Flavinho explica que os crimes relacionados pela lei são passíveis de indulto, que tem como consequência a “extinção da punibilidade” do réu. Isso significa que ele volta a ser réu primário, passível de ser eleito. O deputado quer mudar essa situação.

Pela sua proposta, o político ainda pode ser indultado, mas não poderá ser eleito. “A punição de inelegibilidade deverá permanecer vigente contando todo o prazo da pena mais os oito anos previstos na Ficha Limpa”, disse Flavinho. “Somente após todo esse período é que o cidadão poderá concorrer ou voltar a fazer parte da administração pública.”

Tramitação
Antes de ir ao Plenário, o projeto será votado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein

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