Direitos Humanos

Comissões debatem denúncias de trabalho escravo em Minas Gerais

15/06/2016 - 08:22  

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realizam audiência pública nesta quarta-feira (15) para debater denúncias relacionadas ao trabalho análogo ao escravo utilizado por fazendas no sul de Minas Gerais.

A audiência ocorrerá no plenário 9, a partir das 14 horas.

No começo de março, duas das maiores empresas que comercializam café, a Nestlé e a Jacobs Douwe Egberts, reconheceram que suas fazendas podem ter usado trabalho análogo ao escravo. A denúncia foi feita pela organização dinamarquesa DanWatch12.

A audiência, solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF) e pelo deputado Padre João (PT-MG), busca debater medidas para prevenção do trabalho escravo no Brasil. “Apesar do combate a essa forma degradante de trabalho por parte do Governo brasileiro, algumas fazendas cafeeiras ainda adotam a prática do trabalho análogo ao escravo”, afirma o parlamentar.

Foram convidados para debater o assunto com os parlamentares:

- Marcelo Gonçalves Campos - Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais;
- José Fernando Chuy - chefe do Serviço de Repressão ao Trabalho Forçado da Polícia Federal;
- Bernardino Cangussu Guimarães - gestor do programa Certifica Minas da Certificadora de café de Minas Gerais (Emater);
- Jorge Ferreira dos Santos Filho - Articulação dos Empregados Rurais do Estado de Minas Gerais (Adere-MG);
- Carlos Eduardo Almeida Martins de Andrade - Procurador do Trabalho do Estado de Minas Gerais;
- Silas Brasileiro - presidente nacional do Conselho Nacional do Café (CNC Café);
- Erick de Oliveira - representante da Nestlé;
- Frederico Toledo Melo - assessor jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);
- Alexandre Conceição - coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST);
- André Micalli de Campos - associado da ONG Repórter Brasil - Organização de Comunicação e Projetos Sociais;
- Pedro Henrique Barbosa Abreu - professor de pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Campinas (Unicamp);
- Peter Poschen - Diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Da Redação - CL

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