Política e Administração Pública

Líderes decidem votar correção do FGTS, mas ainda não há acordo sobre texto

18/08/2015 - 16:24  

Os líderes partidários decidiram votar nesta terça-feira (18) a proposta que corrige os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pelos mesmos índices da poupança (PL 4566/08). Mas ainda não há acordo sobre o texto a ser votado. O relator, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), apresentou proposta que escalona o reajuste no tempo, segundo o qual a paridade com a poupança virá apenas para os depósitos a partir de 2018.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), no entanto, disse que o Ministério do Planejamento encaminhará uma contraproposta e que os deputados continuarão conversando. “Até as 18 horas apresentaremos uma proposta para o relator, mas o teor só será anunciado quando se chegar a toda a articulação política”, disse. Mesmo assim, Guimarães antecipou que a proposta sugerida deve tratar de escalonamento do reajuste.

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), a proposta do relator é viável. “O escalonamento dá tempo para o governo se adaptar e dá uma resposta aos trabalhadores, que perdem dinheiro dos seus depósitos”, afirmou. Ele disse ainda que é possível novos acordos, já que o propósito não é penalizar as contas públicas. “Não se trata de pauta-bomba”, afirmou.

Representantes da Força Sindical já chegaram ao Congresso para acompanhar a votação.

Além da proposta do FGTS, o Plenário pode votar o segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) da redução da maioridade penal, que aplica pena de prisão para jovens entre 16 e 18 condenados por crimes graves. A proposta foi votada em primeiro turno no primeiro semestre.

Também estão na pauta pedidos de urgência para projetos.

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo

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