Política e Administração Pública

Câmara proporá soluções para programa espacial brasileiro

Conselho da Câmara apresentará estudo, até o início do próximo ano, com sugestões para enfrentar os obstáculos que atualmente dificultam a plena efetivação do programa espacial, considerado estratégico para o País.

24/08/2009 - 17:00  

O Programa Espacial Brasileiro deve ganhar importante apoio do Poder Legislativo. Assessorados por consultores legislativos e especialistas, deputados que integram o Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara decidiram analisar as dificuldades do programa e propor políticas públicas para resolver os problemas. A análise deve ser concluída até o primeiro semestre do ano que vem e pode resultar em propostas legislativas.

O deputado que sugeriu o estudo, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), destaca a importância de eliminar, de uma vez por todas, os obstáculos ao Programa Espacial Brasileiro. "Qualquer país do mundo só se sentará na mesa de poder no cenário mundial se dominar a tecnologia espacial", sustenta o deputado. Para ele, as aplicações do programa são fundamentais e estratégicas para o País.

Fronteiras e clima
Segundo Rollemberg, a tecnologia espacial é indispensável para o controle de fronteiras, tanto as secas quanto as da Amazônia; controle de toda a região do pré-sal; previsão de safras agrícolas, comunicação por satélite e previsão de mudanças climáticas e de fenômenos climáticos.

Na avaliação do parlamentar, o Brasil tem o melhor local do mundo para o lançamento de foguetes: a base da Alcântara, no Maranhão. Pela proximidade com o Equador, o gasto de combustível é menor, o que permite levar ao espaço mais equipamentos e material de pesquisa.

Rollemberg informou que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), já desenvolve tecnologia de produção de satélites e tem como desafio a produção de veículos lançadores de satélites.

Financiamento
Para o parlamentar, o Conselho de Altos Estudos da Câmara deve propor medidas para cada um dos problemas já detectados na política espacial brasileira. "Faltou, ao longo dos anos, financiamento regular para o Programa Espacial Brasileiro. Tem que ter previsão de regularidade - não pode ter um recurso num ano e não ter no outro", destaca o deputado.

Ele observa também que é preciso formar mais recursos humanos para o Programa. "Além disso, temos também que resolver algumas questões de gestão para poder colocar o Programa Espacial Brasileiro na pauta de prioridades do País".

O trabalho do Conselho de Altos Estudos da Câmara inclui visitas ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e ao Centro Tecnológico da Aeronáutica, além de reuniões com empresários vinculados à área. Ao final dos trabalhos, o Conselho vai consolidar os resultados numa publicação.

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Reportagem – Alexandre Pôrto/Rádio Câmara
Edição - Newton Araújo

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