Política e Administração Pública

Frente quer debater reforma política com a sociedade

22/03/2007 - 19:11  

A Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular, instalada nesta quinta-feira na Câmara, já conta com mais de 250 deputados. O grupo também inclui representantes de entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Associação Brasileira das Organizações Não-Governamentais (Abong), do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).

A coordenadora da frente parlamentar, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), explicou que o objetivo é mobilizar a sociedade a participar ativamente do debate em torno da reforma política. Segundo Erundina, a expectativa é construir uma nova proposta sobre o tema, bem mais ampla do que aquelas que já tramitam no Congresso Nacional. "A frente não está comprometida com nenhum projeto. A intenção não é fechar uma posição com uma única proposta, nem fatiar, ou seja, aprovar tal aspecto, rejeitar outro."

Erundina espera que, até o fim de 2007, haja uma reforma política "que seja a mais ampla e estrutural possível", e que não fique apenas na discussão de regras eleitorais e de normas partidárias. Segundo a parlamentar, é necessária uma reforma para enfrentar as questões estruturais que estão na raiz de muitas das distorções que o sistema político brasileiro vem apresentando no curso de muitos anos.

Renovação da Câmara
A deputada ressaltou ainda que a Câmara foi renovada em quase 50% nas últimas eleições e que os novos deputados não participaram das discussões anteriores sobre a reforma política. Erundina também quer estimular a formação de frentes semelhantes nas assembléias legislativas, a fim de aprofundar o debate nos estados.

O início efetivo dos trabalhos da frente parlamentar está marcado para a próxima terça-feira (27), durante um ato político na Câmara. Ao longo da semana, será realizado o seminário "Por uma reforma política ampla, democrática e representativa", no qual será definido o cronograma de mobilização do grupo.

Após a reunião de hoje, foi divulgado manifesto com os objetivos da frente. Segundo o documento preliminar, que ainda precisa ser votado pelos parlamentares, "a principal luta da frente é fazer com que as decisões políticas sejam tomadas com participação popular e que o poder seja permeado pelos interesses populares".

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Reportagem - José Carlos Oliveira/ Rádio Câmara
Edição - Regina Céli Assumpção

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