Premiação

Câmara entrega o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós 2017 nesta quinta (26)

Prêmio reconhece mulheres que se destacam pelo pleno exercício da cidadania, a defesa dos direitos da mulher e em questões do gênero

23/10/2017 - 12:59  

A Câmara dos Deputados entrega o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós nesta quinta-feira (26), em sessão solene, às 9h, no plenário Ulysses Guimarães. O prêmio visa homenagear as mulheres cujos trabalhos ou ações tenham contribuído para o pleno exercício da cidadania, na defesa dos direitos feminininos e em questões do gênero no Brasil. As agraciadas da edição deste ano são:

1. Daniela Rodrigues Teixeira

2. Elza da Conceição Soares

3. Maria Gabriela Prado Manssur

4. Marina Kroeff

5. Raimunda Gomes da Silva

Carlota Pereira de Queirós

Carlota Pereira de Queirós (13/02/1892 — 14/04/1982) nasceu na cidade de São Paulo. Médica, escritora, pedagoga e política, Carlota Pereira foi a primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal. Ela participou dos trabalhos na Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935.

Filha de José Pereira de Queiroz e de Maria Vicentina de Azevedo Pereira de Queiroz, formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1926, com a tese Estudos sobre o Câncer. Interna da terceira cadeira de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e chefe do Laboratório de Clínica Pediátrica (1928), Carlota foi assistente do professor Pinheiro Cintra.

Foi comissionada pelo governo de São Paulo em 1929 para estudar Dietética Infantil em centros médicos da Europa.

Membro da Associação Paulista de Medicina de São Paulo, "Association Française pour l'Étude du Cancer", Academia Nacional de Medicina e Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires, fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, em 1950.

Ingressando na política, foi a primeira deputada federal da história do Brasil. Eleita pelo estado de São Paulo em 1934, fez a voz feminina ser ouvida no Congresso Nacional.

Seu mandato foi em defesa da mulher e das crianças, trabalhava por melhorias educacionais que contemplassem melhor tratamento das mulheres. Além disso, publicou uma série de trabalhos em defesa da mulher brasileira.

Ocupou seu cargo até o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.