Faltam recursos humanos no Inca, constata comissão externa da Câmara

06/09/2017 18h13

A comissão externa da Câmara dos Deputados, criada para acompanhar a situação das emergências dos hospitais federais no Rio de Janeiro (RJ), reuniu-se nesta segunda-feira (4) com diretores do Instituto Nacional do Câncer, no centro da cidade e constatou que os principais problemas da instituição são a falta de recursos humanos e os atrasos na regulação das vagas.

 

A deputada Jandira Feghali, coordenadora da comissão, ressaltou que o Inca é referência em todo o país no tratamento de câncer, com equipamentos e profissionais de alto padrão e  que representa conquista exemplar do Sistema Único de Saúde (SUS), mas que "precisa de ajuda para continuar mantendo o padrão de excelência". "Há gargalos básicos, desde a chegada do paciente. Muitos já chegam em quadro avançado de câncer e problemas de diagnóstico, principalmente relativos à biópsia", afirmou. "Além disso, estão começando a ter graves problemas de falta de recursos humanos. Na medida em que há aumento de demanda, com a falência do estado, o orçamento do hospital é insuficiente."

 

De acordo com os profissionais da instituição, falta no Inca um centro de diagnóstico adequado, que precisa ser providenciado com urgência. Os deputados observaram que a demanda central é o centro de diagnósticos e a suplementação orçamentária para que possam desenvolver o trabalho.

 

O Inca informou, através de nota, que foi feito um dimensionamento da força de trabalho que chega a 1.380 funcionários. Isto inclui todas as áreas, não só a assistência médica, mas também os profissionais administrativos.

 

Com relação aos atrasos na regulação de vagas, o instituto informa que ela não é feita pelo Inca. O Sistema Estadual de Regulação (SER) é  o responsável pelo encaminhamento dos pacientes para consulta de primeira vez em oncologia. O sistema é gerenciado pelo estado, que opera sobre o encaminhamento e seguimento do paciente no sistema de saúde, desde o acesso à oportunidade de diagnóstico até o desfecho, com a adoção da alternativa terapêutica adequada. Os atrasos, segundo o instituto, ocorrem nesta regulação.

 

Por Bruno Trezena