Comissão Externa se reúne com o delegado Fábio Cardoso, chefe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Membros da Comissão Externa que acompanha as investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes estiveram ontem, terça-feira, na sede da Delegacia de Homicídios da capital, na Barra da Tijuca, para esclarecer informações divulgadas pela imprensa, supostamente vazadas, de erros apontados nas investigações dos crimes. Recentemente, uma matéria apontou que a arma indicada como tendo sido usada no crime, uma pistola 9mm, não era compatível com as marcas deixadas nos cartuchos, informação descoberta somente depois por erro na perícia.
09/05/2018 16h55

"O delegado disse que em momento algum a polícia falou que a arma do crime era uma pistola e que disse apenas que a munição usada era de calibre 9mm. E que eles já sabiam tratar-se de uma submetralhadora a arma usada no crime. A equipe de investigadores está otimista e disse que várias linhas já foram descartadas e que assim o cerco está se fechando. O delegado disse ainda que os executores do crime são muito bem treinados, não são pessoas quaisquer e não são baratas" — comentou o coordenador da Comissão, deputado Jean Wyllys, em entrevista coletiva.

"O delegado Fábio Cardoso disse que o cerco está se fechando. Mas disse que não há prazo e que a sociedade precisa ter paciência porque homicídios necessitam de uma investigação mais rigorosa. Mas disse que, de fato, tem informações suficientes para cruzar os dados e chegar aos assassinos. Acredito na fé pública dos investigadores e me parece que há um compromisso real e afetivo das pessoas envolvidas em descobrir esses assassinos", concluiu.