Membros da CTASP realizarão visita técnica a obras paralisadas da Petrobras em Charqueadas (RS)

A visita ao Polo Naval do Jacuí será no dia 03 de julho
16/06/2015 15h40

Melina Fleury

Membros da CTASP realizarão visita técnica a obras paralisadas da Petrobras em Charqueadas (RS)

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados tem realizado, desde maio, visitas técnicas a obras paralisadas da Petrobras. A próxima visita da Comissão será ao Polo Naval do Jacuí, em Charqueadas, no Rio Grande do Sul, no dia 03 de julho. Participarão da visita os Deputados Federais Benjamin Maranhão (SD/PB), Bebeto Galvão (PT/BA), Luis Carlos Busato (PTB/RS) e Marcon (PT/RS). Os deputados realizarão a visita técnica a fim de mensurar o impacto das paralizações da Indústria de plataformas de petróleo na geração de desemprego na região. Posteriormente, os deputados participarão de mesa redonda com a participação de prefeitos de municípios vizinhos, dirigentes sindicais, autoridades e representantes da sociedade civil.

O Polo Naval do Jacuí foi lançado em 2013 e a previsão era de que geraria até seis mil empregos diretos e indiretos. Sua paralização já deixou milhares de trabalhadores desempregados, causou endividamento de empresários e comerciantes locais, afinal o governo havia oferecido incentivos a empresas que se instalassem na região – que se encontram, em sua maioria, paradas ou com atividade reduzida.

A Comissão de Trabalho já realizou visitas técnicas a Pernambuco e à Bahia. A última visita, ao Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, aconteceu no dia 22 de maio.

O objetivo da última visita foi analisar a situação do estaleiro que está com seu funcionamento paralisado desde outubro do ano passado, depois que a operação Lava-Jato da Polícia Federal revelou um esquema de corrupção envolvendo a empresa Sete Brasil, responsável pela contratação do estaleiro para a Petrobras.

O investimento de quase R$ 3 bilhões na indústria naval geraria aproximadamente 20 mil empregos, direta ou indiretamente. Desde novembro, já ocorreram cerca de sete mil demissões apenas no Estaleiro Enseada Paraguaçu, sem contar com o comércio local que também sofreu com a paralisação. “Havia uma expectativa da empresa de manter em torno de seis mil empregados na operação do estaleiro. Fora isso, viria junto desse investimento um polo metal mecânico que iria se instalar na região, construção de estradas e ligação de ramal ferroviário”, afirmou o Deputado Benjamin Maranhão, presidente da Comissão.

Ao apresentar o requerimento à Comissão, o presidente observou que sua maior preocupação é que os investimentos em todo país sejam retomados, para que a Indústria Naval brasileira não seja prejudicada.