CTASP promove debate entre instituições civis e deputados sobre artes marciais

Evento discutiu o papel dos profissionais das artes marciais no país
18/05/2016 16h15

Ivana Carolina

CTASP promove debate entre instituições civis e deputados sobre artes marciais

Mesa de discussão

Ivana Carolina

Audiência Pública promovida pela Comissão do Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) com a participação da Comissão do Esporte (CESPO) discutiu a regulamentação das artes marciais no Brasil. A reunião contou com entidades civis para tratar de futuro Projeto de Lei para a classe, na tarde desta terça-feira (17).

Participaram da reunião o presidente do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), Jorge Steinhilber, o presidente da Liga Nacional do Karatê (LNK), José Carlos dos Santos, e o presidente da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), Marcondes Santos.

O evento foi marcado pela relevância de qualificar o professor de artes marciais e como isso deveria ser feito. De acordo com Steinhilber, é importante a formação do curso de Educação Física, porque “é necessário que as pessoas estudem para acrescentar na prática e assim desenvolver a sociedade”.

Além disso, o presidente considera que isso não irá excluir outros profissionais de atuarem na área e sim evitar que “pessoas que consideram mestres, mas não têm a competência para tal”, pontua. E também entende que o Conselho deve proteger a sociedade dessas situações.

No entanto, o professor de Karatê, José Carlos discorda dessa visão, já que “o que importa é o tempo que está na faixa” para dar aula, porque há profissionais, iguais a ele, que só tem o Ensino Fundamental.

Por isso, ele defende a criação de um conselho próprio para regulamentar e, assim, legalizar o trabalho de artes marciais para além do educador físico. Dessa forma, retira a obrigação do Conselho Regional de Educação Física (CREF) de fiscalizar e a classe “poderá ser mais respeitada, valorizada e até melhorar a relação com futuros patrocinadores, porque teve caso de pessoas que perderam o patrocínio pela falta dessa regulamentação”, relata José Carlos.

Diante das exposições, o relator do Projeto de Lei, considerou a Audiência muito proveitosa e que enriqueceu o relatório. “É muito amplo o que precisa ser feito aqui e temos a necessidade de ouvir aqueles que fazem as artes marciais no dia a dia e também ouvir o Conselho Nacional de Educação Física que é a outra parte interessada nesse projeto”, acredita o deputado.