CMADS fará audiência pública sobre a intenção de abate de mais de 300 animais no Pampas Safari LTDA

O debate será realizado no dia 28 de novembro, terça-feira, às 14 horas, no Plenário 06 da Câmara dos Deputados.
23/11/2017 11h55

Jackson Müller/Arquivo pessoal (https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/ativistas-fazem-novo-protesto-contra-abate-de-animais-do-pampas-safari-em-gravatai.ghtml)

CMADS fará audiência pública sobre a intenção de abate de mais de 300 animais no Pampas Safari LTDA

Grupo de ativistas fez um protesto no Pampas Safari, em Gravataí, em 02 de setembro de 2017.

Por requerimento do Deputado Ricardo Izar (PP/SP), a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizará audiência pública para debater a intenção de abate de mais de três centenas de animais exóticos e da fauna nativa pertencentes ao plantel do Pampas Safari LTDA, localizado em Gravataí/RS, por razões de contingência econômica e suposta contaminação patológica.

O debate será realizado no dia 28 de novembro, terça-feira, às 14 horas, no Plenário 06 da Câmara dos Deputados. A audiência será transmitida ao vivo pelo Youtube e pelo portal e-Democracia, onde os participantes podem formular perguntas aos palestrantes. Participe:

https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/545

 

Confira abaixo a programação completa:

 

AUDIÊNCIA PÚBLICA - DEBATE SOBRE O ABATE DE ANIMAIS NO PAMPAS SAFARI, EM GRAVATAÍ/RS

Requerimentos nos 217, 229 e 246/2017 - do Deputado Ricardo Izar (PP/SP)
Data: 28/11/2017 (terça-feira) 
Horário: 14h
Local: Anexo II - Plenário 06

EXPOSITORES: 

-- ERNANI POLO, Secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul

-- FRANK ALARCÓN, Biólogo e Membro-fundador do Instituto Luisa Mell de Assistência aos Animais e ao Meio Ambiente (*)

-- EVERTON BALSIMELLI STAUB, Procurador do Pampas Safari Parque de Animais Selvagens LTDA (*)

-- JACKSON MULER, Diretor-Presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Gravataí (FMMA)

-- JULIANA COUBE, Ativista da causa animal (*)

-- PATRÍCIA NUNEZ WEBER, Procuradora-chefe da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul (**)

-- REGINA BECKER FORTUNATI, Deputada Estadual/RS e ativista pela causa animal (*)

-- VÂNIA DE PLAZA NUNES, Diretora Técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal/SP (*)

Legenda:
( ) À confirmar
(*) Confirmado
(**) Não virá

 

 

ENTENDA O CASO

 

A suspeita de contaminação por tuberculose fez a direção do Pampas Safari, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tomar a decisão de abater 300 cervos. Os sacrifícios começaram em agosto e 18 já foram mortos, segundo o Ibama.

O parque recebeu autorização da Secretaria Estadual da Agricultura. Nos últimos anos, após alguns animais morrerem no local, exames apontaram a doença.

Em abril, os donos do parque pediram autorização para abater os cervos e para que a carne dos animais que não tivessem a doença fosse vendida para consumo humano. O exame para comprovar a tuberculose só seria feito após a morte dos animais. o Ibama não autorizou, e pediu para o Safari fazer os exames com os animais vivos, para que os saudáveis fossem retirados do rebanho contaminado.

Os donos do parque disseram que não tinham dinheiro para fazer os exames e o tratamento dos cervos. Logo, pediram o abate emergencial de todos os animais por suspeita de tuberculose.

A decisão gerou revolta. A fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí vai pedir a suspensão de sacrifícios.

"Essa visão da eutanásia em massa, no momento atual da sociedade, não me parece adequado. O fundamental é identificar os animais doentes, estabelecer um conjunto de medidas para fazer o manejo desses animais, e proceder de forma adequada", analisa o presidente da fundação, Jackson Müller.

 Essa não é a primeira vez que casos de tuberculose aparecem no parque. Em 2007, búfalos foram contaminados. Em 2013, um novo surto atingiu camelos, lhamas e cervos. O Ibama chegou a interditar o local, mas ele reabriu três meses depois.

"O parque vem desde 2012 reiteradamente descumprindo os próprios planos de controle dessa doença que eoles nos apresentam", diz o médico veterinário do Ibama Paulo Wagner.

Em novembro de 2016, o Pampas Safari voltou a ser fechado, desta vez porque não cumpriu as medidas impostas pelo Ibama, como fazer exames para detectar tuberculose nos animais.

O Ibama diz que os animais seriam mortos de qualquer jeito, porque a lei, no Brasil, permite o abate dessa espécie de cervo para consumo humano, da mesma forma como é feito com o gado, por exemplo.

O Ibama acrescenta que o abate dos animais para consumo humano era normal enquanto o Safari estava funcionando.

O Pampas Safari existe desde 1977. São mais de 300 hectares e 10 quilômetros de estradas. Atualmente, abriga cerca de 500 animais.

O Ibama garante que a prioridade é evitar que a tuberculose se espalhe, e que depois serão apuradas as responsabilidades dos donos do parque. Eles podem responder por crime ambiental, por deixarem os animais morrerem.

"O problema é uma questão de saúde pública. Quanto mais esses animais permanecem no local, é maior o risco para outros animais, para as pessoas que estão lá dentro, e para o meio ambiente como um todo", acrescenta o médico do Ibama.

 

Fonte:

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/suspeita-de-contaminacao-leva-a-abate-de-animais-do-pampas-safari-de-gravatai.ghtml

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/justica-proibe-abate-programado-de-animais-do-pampas-safari-em-gravatai.ghtml

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/desembargador-derruba-liminar-que-impedia-abate-de-cervos-do-pampas-safari.ghtml