Deputados e palestrantes defendem ecumenismo, em Audiência Pública
Por sugestão dos deputados Cabo Sabino (PR-CE), Chico Lopes (PCdoB-CE) e Lincoln Portela (PRB-MG), a Comissão de Legislação Participativa (CLP) realizou, dia 14, Audiência Pública para discutir o ecumenismo no Brasil. Presidente da CLP, Chico Lopes deu início ao evento fazendo homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, falecido nesse dia, e lembrando que “o Brasil tem múltiplas culturas, foi gestado na junção de vários povos. Somos mundialmente conhecidos como país da tolerância religiosa e boa convivência entre os credos”.
Para Mariene Matos, advogada e professora de Direito Público, o ecumenismo envolve “tanto os problemas transcendentes da convivência humana, como também as vicissitudes cotidianas das pessoas e coletividades. O termo ecumenismo significa aquilo que pertence a todo o mundo habitado ou civilizado. Ecumenismo substancia-se um processo de entendimento, de conciliação, que conhece e respeita a diversidade, a pluralidade entre religiões, filosofias, culturas e políticas”.
Paulo José Pessoa de Jesus, arquiteto, gestor de cidades, escritor e conferencista, considera que o ecumenismo “é muito mais do que uma filosofia que muitos associam à questão religiosa. É um fator de desenvolvimento humano, social e espiritual. É uma forma de união, união de religiões, de política, de sociedade, com amor, respeito e compreensão”.
Enaildo Vianna, cientista social, mestre em Comunicação e conferencista, argumentou que “é difícil dizer quando começaram as ações do ecumenismo. É sinônimo de universalidade, de integração, de convivência fraterna, então existiu sempre, porque o homem sempre lutou para encontrar a paz, ainda que haja muita discórdia”. Destacou o surgimento da Fé Bahá´i, em meados do século XIX, citando seu fundador, Mirzá Husseyn Ali, que se identificava como Bahá'u'lláh (significa “a glória de Deus”), e dizia: “Deus é um, a religião é uma, a humanidade é uma”, e considerava que “todas as religiões provêm de um mesmo Deus”.
Cabo Sabino afirmou que sugeriu a Audiência “para que as pessoas possam dirimir suas dúvidas e pudéssemos aprender um pouco mais sobre o ecumenismo. Nosso país vive um momento de intolerância muito grande. Um pais que mata, em média, 60 mil pessoas por ano. A razão fica de lado quando a paixão aflora. Está faltando amor e respeito em nossas convivências”.
A íntegra da audiência pode ser vista no endereço
Carlos Pompe, Ascom da CLP