“OS INVESTIMENTOS DO GOVERNO FEDERAL NA CULTURA BRASILEIRA”
A Comissão de Legislação Participativa realizou, quarta feira feira (18/10), reunião, no Plenário 03, do Anexo II, da Câmara dos Deputados, para debater deliberações e para em audiência pública, o tema “Os Investimentos do Governo Federal na Cultura Brasileira”.
Considerando os números escassos de investimento na cultura, a reunião foi proposta por meio de requerimento nº 159/2017 dos deputados Lincoln Portela (PRB/MG) e Luiz Couto (PT-PB).
PIB
A cultura representa entre 4 e 6% do PIB Nacional. E não ocupou até hoje uma centralidade na administração pública brasileira, afirmou o Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura-CNTEEC, Oswaldo Augusto de Barros. Para ele, a situação é preocupante. Produtores e artistas da Capital são obrigados a adaptar as apresentações em salas menores que muitas vezes prejudicam o espetáculo.
O Diretor do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro-SATED/RJ, Fabio Almeida Mateus, se mostrou desapontado com o investimento da cultura no país. “No mundo, o desenvolvimento da cultura chega a 20% do PIB”, reforçou ele. Uma das alternativas encontradas por Fábio seria as grandes empresas investirem mais nas periferias, para transformar a vida dos jovens que moram no local.
Importância da cultura
A Vice-Presidente do Sindicato dos Músicos do Estado do Rio de Janeiro-SINDMUSI, Débora Cheyne reforçou a importância da cultura, afirmando que a arte nos acompanha desde os primórdios da atualidade, é inerente ao homem tal qual sua voz e sua habilidade de comunicação.
Cheyne afirmou ainda que o Brasil tem dificuldade de compreender a dimensão da atividade cultural e sua importância para a nossa cidade. Para ela, o amadurecimento sócio político e econômico do Brasil ocorrerá quando a cultura for admitida e garantida como um dos direitos fundamentais dos cidadãos.
A opinião da Vice-Presidente também foi defendida pelo Delegado da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Difusão Cultural e Artistas no Estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina-FITEDECA RS/SC, Fábio Restori da Cunha. Ele ressaltou que a cultura dialoga com todas as áreas: saúde, segurança, educação e ainda que o trabalhador da arte movimenta a economia criativa.
A Presidente dos Sindicatos dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais, Magdalena Rodrigues, frisou que “A obrigação de fomentar a cultura ainda é do governo”. A Presidente destacou a falta humanização com os artistas, quando o artista acaba uma peça ou uma novela, ele fica desempregado e não recebe apoio ou amparo algum.
O Presidente da Orquestra Filarmônica de Brasília, Doner Cavalcanti, salientou a necessidade das grandes empresas investirem em projetos culturais. Considerando que os recursos do fundo nacional da cultura são insuficientes para a manutenção da produção cultural brasileira.