MEC admite redução de recursos mas diz que faltou planejamento na expansão dos campi em todo o país

Representantes de universidades e institutos técnicos federais reclamam de falta de dinheiro para ações básicas
13/07/2017 14h35

Acervo/Câmara dos Deputados

MEC admite redução de recursos mas diz que faltou planejamento na expansão dos campi em todo o país

Plenário lotado para acompanhar a audiência pública

O plenário ficou cheio. Estudantes, professores, funcionários de universidades e institutos técnicos federais participaram da audiência pública para debater os impactos da redução do orçamento das instituições federais de educação superior.

Entre os convidados, estava a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), Ângela Maria Paiva Cruz. Ela declarou que as dificuldades financeiras já são crescentes no cenário atual e que devem piorar a partir de 2018, com a Emenda Constitucional 95, que limita o teto de gastos no setor público. Para exemplificar, a presidente mostrou que de 2016 para 2017, houve queda de 40% no montante de investimentos nas universidades públicas federais. Como resultado, hoje existe redução da força de trabalho, problemas no pagamento de despesas, dificuldade na manutenção dos cursos, paralização de obras e redução na aquisição de equipamentos e até de livros.

Situação semelhante vivem os institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica. O coordenador do conselho nacional dessas instituições, Uberlando Tiburtino Leite, disse que dos 644 campi, 606 estão em funcionamento. Os demais ainda não entraram em operação por falta de dinheiro. Em números, ele demonstrou que de 2014 para 2017, o orçamento por aluno caiu 24,4%. E como o número de matrículas não para de crescer, a preocupação é não ter como suprir as necessidades dos institutos que só aumentam.

O secretário substituto da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Geraldo Andrade, reconheceu a importância da expansão dos campi tanto de universidades públicas quanto dos institutos federais de educação superior. Mas afirmou: faltou planejamento para pagar a conta dessa expansão.

A audiência pública foi realizada a pedido do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Durante a audiência, a plateia pode participar fazendo perguntas aos convidados.

 

Veja aqui a audiência pública que debateu

Convidados:

GERALDO ANDRADE/Secretário Substituto da Setec/MEC - Apresentação

ROGÉRIO FAGUNDES MARZOLA/Coordenador Geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil - FASUBRA

ANGELA MARIA PAIVA CRUZ/Presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – ANDIFES - Apresentação

GUSTAVO HENRIQUE DE SOUSA BALDUÍNO/Secretário-executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – ANDIFES

UBERLANDO TIBURTINO LEITE/Coordenador na Câmara de Administração e Planejamento do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – CONIF - Apresentação