Para cobrar providências contra massacres de indígenas no MS, presidente da CDHM participa de audiência com ministro interino da Justiça
Os parlamentares apresentaram o relatório da diligência realizada em 15 e 16 de junho aos municípios de Dourados e Caarapó, ambos no Mato Grosso do Sul, onde houve atentados com vítimas fatais contra indígenas do povo Guarani-Kaiowá. Padre João destacou a urgência de colocar cerca de dez lideranças ameaçadas de morte no programa de defensores de direitos humanos protegidos e ressaltou a necessidade de repactuar a relação entre os indígenas e a Polícia Federal, pois tanto a PF como a Polícia Militar da região se colocam ao lado dos ruralistas. A Justiça, por sua vez, demorou mais de 40 dias para expedir mandados de prisão contra os executores dos crimes, contribuindo para a sensação de impunidade.
Eles cobraram do ministro interino providências e o acompanhamento do ministério para garantir a segurança, a integridade e a vida das comunidades indígenas.
Por fim, o presidente da CDHM entregou relatórios de uma CPI criada na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, além de relatórios do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que evidenciam a escalada da violência contra os indígenas na última década.