CDHM debate criação de rede de proteção e defesa dos Direitos Humanos durante encontro em Maceió*

Constituir uma rede de proteção e defesa dos direitos humanos no País, com a ajuda dos conselhos estaduais e instituições democráticas como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as universidades brasileiras foi uma das propostas de consenso tirada em debate promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, realizada nesta segunda-feira (15.05), na sede da OAB-AL.
16/05/2017 15h55

O evento, organizado pelo presidente da CDHM, deputado Paulão (PT-AL) contou com representantes da sociedade civil organizada, professores da Universidade Federal de Alagoas, do Conselho Federal da OAB além de servidores públicos que militam no segmento.

 

A comissão expôs os dramas vividos atualmente por setores da sociedade, como jovens negros, quilombolas, índios e representantes do movimento LGBT, bem como as mulheres, que têm sido vítimas de violência no dia a dia, diante da omissão dos gestores das unidades federativas no País.

 

Em sua exposição, o advogado Everaldo Patriota, conselheiro federal da OAB, condenou o retrocesso das políticas brasileiras durante o governo Temer e considerou fundamental a iniciativa da CDHM para retomar a luta em defesa de políticas que valorizem à cidadania.

 

É o que pensa também o vice-presidente da OAB de Alagoas, Ednaldo Maiorano, destacando que a instituição não pode ficar à margem desse processo de retrocessos dos direitos humanos, pois depõem contra a democracia.

 

As 17 entidades de instituições alagoanas em defesa dos Direitos Humanos presentes no debate se posicionaram em apoio à iniciativa da Comissão e firmaram compromissos em atuar na constituição e defesa da rede de proteção dos direitos humanos.

 

O presidente da Comissão, deputado Paulão, destacou que a iniciativa de levar esse debate pelo Brasil, a partir da audiência realizada em Maceió tem um significado simbólico, diante dos números da violência no Estado que voltaram a crescer. “Voltaremos à capital alagoana para realizar atividades em áreas de risco para jovens negros e pobres da periferia que estão sendo exterminados nas periferias”, antecipou o deputado.

 

Instituições dos governos municipal e estadual foram convidadas para a audiência, mas não participaram.

 

*Com informações do portal eassim.net e da assessoria do deputado Paulão