Medidas para evitar doenças causadas por cheias no Acre é tema de audiência pública

Realizada nessa terça-feira (14), pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, audiência pública solicitada pelo deputado Alan Rick (PRB/AC) para discutir as perspectivas da gestão do Ministério da Saúde, no Estado do Acre, face aos riscos de saúde que se agravam na população devido aos grandes alagamentos. O objetivo do requerimento foi demonstrar as consequências geradas pelas fortes chuvas que assolaram as cidades e as doenças geradas pelas cheias dos rios no Estado.
15/04/2015 19h10

Durante as discussões, a coordenadora-geral substituta da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), Júlia de Albuquerque Pacheco, apresentou as medidas executadas pelo Ministério da Saúde para amenizar os danos causados às mais de 120 mil pessoas vítimas dos alagamentos. “Foram enviados para o Estado mais de 10 mil toneladas de medicamentos, 425 mil frascos de hipoclorito de sódio, quatro ambulâncias, um repasse financeiro no total de mais de R$ 70 milhões e outros” disse.

Juliana também afirmou que o ministério instalou no Acre um programa de treinamento em epidemiologia aplicada que tem como meta apoiar  a vigilância em Saúde do Estado na coleta, análise e divulgação das informações sobre as doenças e agravos relacionadas às enchentes, com o objetivo de agir oportunamente para evitar óbitos.

Em sua fala, o deputado Alan Rick cobrou outras ações da Força Nacional do Sistema Único de Saúde como repasses para reformas e construção de postos de saúde, de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais. Ele solicitou ainda recursos para aquisição de equipamentos hospitalares que foram perdidos, medicamentos e ambulâncias. O parlamentar também questionou quais serão os outros recursos enviados pelo ministério para atender às demandas de doenças específicas como a leptospirose que já tem mais de 80 casos confirmados e a suspeita de mais de mil.

O secretário adjunto de Saúde do estado do Acre, Irailton Lima, informou que 130 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes. “Por causa do ocorrido, os serviços de saúde à população foram afetados. Em Rio Branco, 15 unidades de saúde foram totalmente afetadas, seis hospitais tiveram as suas estruturas abaladas, trabalhadores da área também foram afetos, o que prejudicou muito a manutenção dos serviços de saúde. Segundo ele, a secretaria precisa de um investimento de cerca de 20 milhões para construção de hospitais,  UPAs, postos de saúde e outros” explicou Irailton.

O deputado e ex-prefeito de Rio Branco Raimundo  Angelim (PT/AC), falou sobre o excelente atendimento dado pelo governo federal, estadual e municipal aos prejudicados pelo desastre natural causado pelas fortes chuvas. Angelim ainda elogiou os profissionais da saúde do Estado que trabalharam além da sua carga horária por mais de 30 dias.