Rodrigo Maia afirma que uso das Forças Armadas foi decisão do governo federal

Ofício do presidente da Câmara pediu auxílio da Força Nacional. Maia deve solicitar a Temer redução do prazo de atuação das Forças Armadas em Brasília
24/05/2017 18h58

J.Batista

Rodrigo Maia afirma que uso das Forças Armadas foi decisão do governo federal

Presidente reafirmou que seu pedido ao governo era para que a Força Nacional ajudassem na segurança nos arredores do Congresso

Após o decreto do presidente Michel Temer editado nesta quarta-feira (24), em razão das manifestações ocorridas na Esplanada dos Ministérios, e que autoriza o emprego das Forças Armadas no Distrito Federal, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, afirmou que solicitou a Força Nacional de Segurança Pública para uma atividade de cooperação com a Polícia Militar do DF.

Após a suspensão da sessão da Câmara, Maia deu entrevista coletiva no Salão Verde e disse que a decisão de convocar as Forças Armadas foi do governo federal. “Pedi apoio das Forças Nacionais, sim. O instrumento que ele usou é uma decisão do governo. De fato, o ambiente na Esplanada era grave e para garantir a segurança tanto dos manifestantes como para os que trabalham nos ministérios e no Congresso, fui ao presidente porque achava que era importante que a Força Nacional pudesse colaborar junto com a polícia militar do distrito federal”, disse Maia.

Rodrigo Maia desmentiu o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que em pronunciamento para anunciar a convocação das Forças Armadas afirmou que o decreto havia sido editado a pedido de Maia. “Já pedi ao líder do governo que pedisse ao ministro da Defesa que esclarecesse os fatos e pudesse recompor as verdades dos fatos. Ao presidente da Câmara cabe a garantia da ordem no nosso prédio e no entorno do prédio, e a segurança daqueles que o frequentam”, afirmou.

O Psol protocolou Projeto de Decreto Legislativo (PDC 676/2017) que suspende o decreto editado por Temer, que autoriza o uso das Forças Armadas em Brasília até o dia 31 de maio. Maia também afirmou que vai solicitar ao presidente Temer para que reduza o prazo de atuação das Forças Armadas.

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