Para Maia, PEC do teto de gastos é "revolução" na forma de governar

Em palestra a empresários paulistas, presidente da Câmara disse que a sociedade não aguenta mais que o governo financie sua "ineficiência" por meio de mais impostos
24/10/2016 19h15

Flávio Soares

Para Maia, PEC do teto de gastos é "revolução" na forma de governar

"Temos que melhorar a qualidade e a produtividade dos serviços, e a PEC gera isso”, disse Maia em palestra para empresários realizada em São Paulo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, declarou nesta segunda-feira (24) que a aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece limite para a variação dos gastos públicos (PEC 241/16) será “uma revolução na forma de se governar” no Brasil.

“Chega de os governos resolverem seus problemas transferindo a solução em forma de novos custos para a sociedade. Temos que melhorar a qualidade e a produtividade dos serviços, e a PEC gera isso”, disse Maia em palestra para empresários realizada em São Paulo.

 Ele afirmou que espera a aprovação da PEC nesta terça-feira (25). “Vamos caminhar para as outras reformas, mostrando aos brasileiros e aos investidores que o Brasil está voltando ao rumo correto, ao rumo do reequilíbrio fiscal”, disse. “Importante para o governo é ganhar, e eu acredito nesta PEC”, afirmou.

Reforma da Previdência
Além da aprovação da PEC do Teto dos Gastos, o presidente da Câmara destacou a importância de aprovar uma reforma da Previdência para que sejam garantidos, no futuro, os recursos para pagamento das aposentadorias e pensões.

“O sistema, se continuar do jeito que está, daqui a 10, 15 anos, com a PEC do Teto, o Brasil só vai ter dinheiro para pagar a Previdência, não vai ter dinheiro para mais nada”, avaliou Rodrigo Maia. “Há um desequilíbrio fiscal, um endividamento crescente. As taxas de juros vão continuar crescendo se as reformas não forem feitas: vão mais do que dobrar”, continuou.

Repatriação
O presidente da Câmara afirmou ainda que que, se o governo demostre interesse em votar a alteração da lei que regulariza ativos no exterior, não será contra. Segundo Maia, em um momento de crise, não se pode abrir mão de recursos.

“Tenho sempre a esperança que o governo possa fazer alguma coisa, pedir para votar [a repatriação]. O que não acho seguro é abrir mão de alguma arrecadação em um momento em que estados e municípios podem fechar o ano sem pagar o 13º salário”, afirmou.

Operação Lava Jato
Rodrigo Maia também questionou a operação da Polícia Federal realizada na última sexta feira (21) que cumpriu mandados de prisão de quatro policiais legislativos do Senado, além de busca e apreensão de documentos naquela Casa. “Estou conversando com advogados para saber se um juiz de primeira instância poderia ter autorizado”, declarou.

Segundo a PF e o Ministério Público Federal, o objetivo da ação foi desarticular uma associação criminosa que buscava obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Com informações da Agência Câmara

 

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