Seminário sobre Extensão Tecnológica

06/12/2016 12h05

Sefot - CD

Seminário sobre Extensão Tecnológica

Seminário Extensão Tecnológica no Brasil

Câmara realiza seminário sobre extensão tecnológica

A Câmara realizou no dia 16 de agosto seminário que discutiu diretrizes, metas e estratégias para a extensão tecnológica no País. O evento ocorreu no auditório Nereu Ramos, e teve dois temas principais: assistência tecnológica às micro e pequenas empresas e capacitação tecnológica da população.

O evento foi promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10).

O deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), que sugeriu o debate, afirma que é necessário discutir formas de aplicar nas empresas o conhecimento gerado nas universidades e nas escolas técnicas do País. Ele disse que, ao final do seminário, será divulgado um manifesto em defesa da extensão tecnológica e criada uma associação nacional na área.

Segundo o deputado, a transferência de conhecimento tecnológico é uma forma de inserir trabalhadores no mercado e de evitar o fechamento de empresas. O parlamentar aponta que, por ano, enquanto 720 mil micro e pequenas empresas são abertas no País, 650 mil fecham suas portas. “Essas empresas estão morrendo porque não conseguem inovar”, diz.

O presidente da Comissão Especial do PNE, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), afirma que o País precisa de mais investimentos para ampliar os ensinos técnico e tecnológico e assegurar que o conhecimento produzido nas instituições de ensino seja transferido às empresas brasileiras.

Já o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), afirma que a extensão tecnológica pode contribuir com a interligação do conhecimento gerado nos grandes centros do País com áreas mais afastadas e menos populosas. “A extensão é o caminho de possibilitar a chegada de milhões de brasileiros ao campo da ciência", diz.

Deputados defendem assistência tecnológica para microempresas

O presidente do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), e o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) defenderam há pouco a capacitação tecnológica da população brasileira e a assistência tecnológica para as micro e pequenas empresas. Para Inocêncio, as microempresas têm condições de competir se tiverem capacitação tecnológica. Ele afirmou também que o analfabetismo tecnológico é pior do que o analfabetismo educacional, por ser ainda mais excludente.

Inocêncio Oliveira também defendeu a criação de cidades digitais, com internet de banda larga disponível para toda a população. Além disso, ele afirmou que o Brasil precisa produzir seus próprios softwares.

As declarações foram dadas em seminário sobre a extensão tecnológica no País, que está sendo promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). O evento ocorre no auditório Nereu Ramos.

O deputado Ariosto Holanda, que sugeriu o debate, destacou que 720 mil micro e pequenas empresas são abertas por ano no País, mas 650 mil são fechadas. “Muitas pequenas empresas fecham porque não conseguem inovar, e não conseguem porque estão distantes de centros de conhecimento, como universidades e escolas técnicas”, afirmou.

Holanda também destacou a importância da capacitação tecnológica da população, inclusive da parcela que não tem educação formal. Para ele, esse é o caminho para a desconcentração de renda no País. Segundo o parlamentar, essa capacitação poderia ser feita por meio dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT).

O deputado defendeu a meta de que, ao final do governo Dilma Rousseff, cada uma das instituições federais de ensino brasileiras tenha um CVT. Holanda informou ainda que, ao final do seminário, será divulgado manifesto pela criação de uma rede de extensão tecnológica no País.

 

Ministro quer apoio do setor privado para educação tecnológica

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse esperar que o setor privado financie 25 mil bolsas de estudo para brasileiros em instituições no exterior, que vão se somar às 75 mil bolsas a serem concedidas pelo governo por meio do Programa Ciência Sem Fronteiras. Mercadante afirmou que o setor privado ainda investe pouco em pesquisa e desenvolvimento. Ele lembrou que, no ranking global de inovação, o Brasil ocupa a 47ª ocupação.

As declarações foram dadas no seminário sobre a extensão tecnológica no País, promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). O evento ocorre no auditório Nereu Ramos.

Durante o evento, Mercadante informou que o Brasil ocupa o 11º lugar em gasto público e privado em pesquisa e desenvolvimento. A empresa que mais investe é a Petrobras, com previsão de R$ 1,2 bilhão para este ano.

O ministro ressaltou também que o Brasil ocupa hoje a 13ª colocação entre os países com maior participação percentual em produção científica. Já a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) conta com 170 mil teses digitalizadas na internet. Ele disse que esses indicadores são positivos, mas avaliou que o Brasil ainda precisa crescer.

Mercadante afirmou, no entanto, que o número de alunos graduados em ensino superior triplicou na última década e que houve crescimento do número de mestres e doutores. Porém, ele acredita que o número de engenheiros formados no Brasil ainda é pequeno. “Há um deficit nessa área”, afirmou.

Além de engenharia, ele ressaltou que existe deficit de graduados em ciências básicas e ciências médicas.

 

Entidades vão lançar programa de apoio à inovação para microempresas

O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, afirmou que será lançado neste ano o Programa de Apoio à Inovação em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Esse programa será desenvolvido pela Finep (entidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), juntamente com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Em seminário sobre inovação tecnológica promovido na Câmara, Arbix disse que, atualmente, as empresas evitam contrair empréstimos com o fim de promover a inovação tecnológica porque têm dificuldades de usar o crédito. “Inovar agrega valor, mas os esforços ainda são incipientes”, disse.

Conforme Arbix, o edital para o programa será de R$ 220 milhões, e mais R$ 50 milhões serão disponibilizados pelo Sebrae. Esse será o primeiro edital lançado pela Finep no Governo Dilma Rousseff.

O programa prevê que os recursos de suporte da Finep sejam repassados para um agente operacional, que, por sua vez, os repassará às empresas. “Já o Sebrae vai oferecer suporte à organização e à gestão empresarial”, explicou.

As empresas terão plano de trabalho para cumprir e deverão oferecer contrapartidas à Finep. Cada empresa poderá formular projeto de inovação com valor máximo de R$ 400 mil.

Também no seminário, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Roberto Simões, explicou que o Sebrae já tem “agentes locais de inovação”, que vão até o empresário para fazer diagnóstico sobre o grau de inovação e oferecer soluções.

Já o gerente de Serviços Técnicos e Tecnológicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sérgio Luiz Sousa Mota, informou que o Senai, além de promover cursos de capacitação profissional, apoia as empresas que têm problemas tecnológicos e com inovação.

Comércio internacional
O diretor do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (Ibict), Emir José Suaiden, afirmou que o instituto começou a oferecer, recentemente, apoio às pequenas e médias empresas que querem competir em âmbito internacional. O Ibict auxilia as empresas a se inserir na Enterprise Europe Network, rede de serviços composta por 580 pontos de contato em 49 países, que oferece informação e aconselhamento, ajuda na internacionalização dos negócios, apoio à inovação e parcerias tecnológicas. “O pequeno empresário pode deixar o comércio local e participar do comércio internacional”, destacou.

O seminário sobre extensão tecnológica está sendo promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). Os debates desta manhã foram encerrados há pouco. O evento será retomado às 14h30, no auditório Nereu Ramos.

 

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Texto adaptado da Agência Câmara de Notícias