Especialistas defendem interação de instituições de segurança para reduzir violência

O estudo “Segurança Pública no Brasil: um sistema nacional pactuado”, coordenado pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes), ganhou novos debatedores na manhã desta terça feira (8).
06/12/2016 12h05

Presidido pelo relator do estudo, deputado Ronaldo Benedett (PMDB-SC), com o apoio da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, o objetivo deste encontro foi ouvir representantes das Polícias Militar, Civil, Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Conselho Municipal dos Guardas Municipais, do Detran, dos Bombeiros Voluntários, além de acadêmicos e autoridades públicas especializadas. A interação entre as instituições foi o que permeou grande parte do debate.

Troca de informações
O oficial de Inteligência Rômulo Rodrigues Dantas destacou a importância da Abin na produção prévia de conhecimentos estratégicos a fim de subsidiar a atuação de diversos órgãos governamentais e demonstrou abertura para aproximação da Abin com as demais instituições.

O delegado aposentado da Polícia Civil do DF, especialista em investigação do crime organizado, Celso Ferro Moreira Júnior, foi enfático ao dizer que problemas de 15 anos atrás continuam os mesmos. “Falta compartilhamento de informações com critérios, é claro, e falta principalmente interesse do Estado em querer resolver”. O delegado acrescentou ainda que o avanço na gestão e na troca de informações, com a participação da Abin, faria com que as atividade ligadas à segurança pública se tornassem mais eficientes.

Já o delegado da Polícia Civil do DF e representante do Conselho Nacional dos Chefes da Polícia Civil, Kleber Luiz da Silva Junior, criticou a dificuldade da corporação na localização de desaparecidos e defendeu a maior aproximação entre profissionais das áreas de atuação. “Se contarmos com a boa vontade de autoridades policiais, dos membros do Ministério Público, de autoridades judiciais e das operadoras de celular, com sorte, em três dias, teremos acesso a um dado estático de localização de uma vítima. Logo, se eu quiser ter acesso célere, eu preciso ter contato direto com pessoas específicas e não apenas haver aproximação entre as instituições”.

O deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC) ficou satisfeito com a participação ativa de autoridades e estudiosos da área de Segurança Pública na reunião. De acordo com o deputado, as discussões sobre o tema têm avançado muito pouco no País. “Mesmo com todas as armas que temos, estamos cedendo ao inimigo que é criminalidade. Espero que com bons exemplos a gente consiga reverter esse quadro e, assim diminuir as mortes no País, pois o foco principal tem de ser a proteção à vida”.

 

 

Fonte: Agência Câmara Notícias

 

 

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