Centro de Estudos Estratégicos vai elaborar sugestões de combate à seca

06/12/2016 12h05

Luis Macedo - CD

Centro de Estudos Estratégicos vai elaborar sugestões de combate à seca

5ª reunião do Cedes

Propostas contra a seca serão apresentadas no próximo dia 8 de maio, durante comissão geral no Plenário da Câmara.

O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara encerrou nesta terça-feira (30) uma série de quatro reuniões preparativas para a comissão geral(sessão de debates em Plenário) que vai discutir a seca no Nordeste. O evento vai reunir parlamentares e especialistas no próximo dia 8 de maio.

Segundo o presidente do Centro de Estudos, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), a ideia é levar para o debate propostas de ações concretas para ajudar a população a conviver com a seca que se repete com frequência na região.

O parlamentar destacou a importância da tecnologia que transforma países como a Austrália, onde há grandes períodos de estiagem, em produtores agrícolas economicamente viáveis. Inocêncio ressaltou também que há pesquisas desenvolvidas pela Embrapa para aumentar a resistência das culturas agrícolas à seca.

"É importante fazer plantas que sejam resistentes à baixa precipitação pluviométrica. Está sendo feito um estudo pela Embrapa sobre o café, a soja, o feijão, o arroz, o trigo, o algodão e tantos outros produtos que podem trazer rentabilidade", disse Inocêncio.

Políticas públicas
Integrantes do Centro de Estudos e Debates Estratégicos ouviram nesta terça-feira o pesquisador Caio Augusto dos Santos Coelho, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Segundo ele, a seca deste ano foi prevista desde outubro de 2012, e o quadro de baixos índices de chuvas deve permanecer inalterado nos próximos meses.

O pesquisador afirmou, no entanto, que não há como saber se as avaliações feitas pelo INPE são levadas em conta pelos gestores públicos. Ele informou que as informações sobre a seca são atualizadas mensalmente e encaminhadas aos órgãos regionais. “Uma grande dúvida nossa, como instituto federal, é que não temos certeza se isso se torna ações de políticas públicas para realmente mitigar o impacto da seca na região."

De acordo com o deputado Colbert Martins (PMDB-BA), o governo federal tomou conhecimento da previsão da seca, mas não agiu como deveria. "Não houve ação nenhuma tomada com base nas informações mostradas pelo INPE", disse Martins.

O deputado também ressaltou que o Brasil não possui satélites meteorológicos suficientes para fazer previsões mais confiáveis e, muitas vezes, ainda depende da colaboração de outros países.

Fonte: Agência Câmara